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12/08/2020 às 09h43min - Atualizada em 12/08/2020 às 09h43min

Paraná e Rússia devem assinar nesta quarta-feira acordo sobre vacina contra Covid-19

Cerimônia para assinatura do acordo está prevista para ocorrer às 14h. Anvisa informou que não recebeu nenhum pedido para analisar essa vacina pelo laboratório russo responsável.

Por G1 PR
Vacina russa é questionada pela comunidade internacional porque se sabe pouco sobre sua eficácia — Foto: Jornal Nacional

O governo do Paraná deve assinar, nesta quarta-feira (12), um acordo com a Rússia para produção e distribuição da vacina contra o novo coronavírus, Sputnik V. A cerimônia para a celebração do convênio está prevista para ocorrer às 14h.

Na terça-feira (11), o presidente russo, Vladimir Putin, divulgou que a vacina foi a primeira registrada no mundo.

A vacina russa é questionada pela comunidade internacional porque se sabe pouco sobre sua eficácia. O site oficial sobre a pesquisa afirma que, no dia 1° de agosto, os testes de fase 1 e 2 foram concluídos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que sejam realizadas três etapas de testes.

O acordo deverá ser assinado pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e pelo embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov.

Para a realização de testes ou de pesquisa no Brasil, a Anvisa precisa autorizar os procedimentos. Na terça-feira (11), a Agência informou que não recebeu nenhum pedido para analisar essa vacina pelo laboratório russo responsável.

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) será responsável por todas as etapas, desde a pesquisa até a distribuição das doses, isso houver liberação da Anvisa.

O presidente do Tecpar, Jorge Callado, ressaltou que a pesquisa vai avançar conforme o compartilhamento as informações. A previsão, no entanto, é de que a vacina seja distribuída no Brasil no segundo semestre de 2021.

“Antes da liberação, não há possibilidade de colocar nada em prática. Reitero que a prudência e a segurança são palavras-chave nesse processo”, declarou o presidente do Tecpar.

Ao todo, 165 vacinas contra a Covid-19 estão sendo pesquisadas em todo o mundo, segundo os dados da OMS no dia 31 de julho. Cinco delas estão na fase final de testes em humanos (a fase 3).

No Brasil, três vacinas contra o novo coronavírus que estão em estágios mais avançados de pesquisa são testadas. Duas são de laboratórios chineses e a terceira é da Universidade de Oxford.


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