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25/08/2022 às 16h06min - Atualizada em 26/08/2022 às 00h01min

Decisões do consumidor são impactadas pelo inconsciente coletivo

O inconsciente humano possui grande influência na tomada de decisão dos consumidores e por meio de uma análise e estudo do funcionamento do cérebro, é possível utilizar os arquétipos de forma estratégica para posicionar uma marca no mercado.

DINO
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A participação de Tim Ash no Trakto Show 2022, evento de negócios e marketing do Nordeste, reforça a importância de entender o impacto do inconsciente na tomada de decisões do consumidor. Em sua vinda ao Brasil, o especialista em psicologia evolutiva e marketing digital lançou seu livro “A Mentira da Racionalidade”. Este acontecimento abre espaço para o debate sobre o inconsciente humano e como ele pode impactar na criação de valor e percepção de marca pelos consumidores.

Segundo Tim Ash em sua entrevista para a revista PropMark, a tecnologia está em constante evolução porém o cérebro humano continua o mesmo, então é preciso entender o que todos os cérebros têm em comum, utilizando isso para persuadir e comunicar as informações de forma efetiva.

Conceito de inconsciente coletivo

“A hipótese do inconsciente coletivo é algo tão ousado como a suposição de que existem instintos.” Essa frase é um fragmento do livro “Os arquétipos e o inconsciente coletivo”, escrito por Carl G. Jung, psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica. Segundo seus estudos, além da herança biológica, cada indivíduo nasce com uma herança psicológica que parece ser compartilhada por pessoas de todas as épocas e culturas. Este inconsciente coletivo é o centro de todo material psíquico que não surge a partir da experiência, o que difere do inconsciente pessoal que envolve o passado e as memórias experienciadas de cada indivíduo.

Concepção de arquétipos

Seguindo este conceito, os arquétipos são imagens ou padrões de comportamento associados a um personagem e que estão presentes no inconsciente coletivo. Para exemplificar, ao observar um leão pela primeira vez, é possível absorver inconscientemente características e trejeitos que passam força, poder e liderança. É assim que funcionam os arquétipos, símbolos, ações, imagens e valores relacionados inconscientemente.

A ideia de arquétipo existe desde a Antiguidade, sendo introduzida com os pensamentos de Platão. Posteriormente, com os estudos de Jung, ela ganhou sua forma atual e é estudada em diversas áreas como psicologia, filosofia e no marketing, sendo aplicado na construção da identidade visual das marcas. Segundo Marcio Samia, fundador da agência Imediatto Comunicação, “Identificar e explorar um arquétipo é uma forma de humanizar e adicionar valor e personalidade a uma marca, criando uma real conexão com as pessoas, a partir de gatilhos emocionais”.

Os 12 arquétipos de marca

De acordo com Carl Gustav Jung, escritor do livro "Os arquétipos e o inconsciente coletivo", ao todo são 12 arquétipos, e Marcio Samia reforça que eles podem ser utilizados para potencializar sua estratégia de marketing, já que através deles são usados gatilhos mentais e técnicas de persuasão. 

1. O inocente
Este arquétipo representa a pureza e espontaneidade, as marcas que o levam em seu DNA apresentam de forma simples soluções para problemas e dores complexas.

2. O sábio
Representa marcas que estimulam o aprendizado e o compartilhamento de conhecimento por meio do ensino.

3. O rebelde
Com espírito revolucionário, marcas que buscam transmitir este arquétipo visam passar a imagem de inovadoras, modernas e visionárias.

4. O herói
Marcas que desejam passar força e coragem utilizam este arquétipo para motivar e encorajar seus consumidores a se superarem por meio do esforço, dedicação e superação.

5. O explorador
Este arquétipo é o ideal para empresas que prezam pela liberdade e que possuem a ambição de conhecer e explorar o mundo.

6. A pessoa comum
O objetivo deste arquétipo é representar o desejo de pertencimento à sociedade, ele torna sua marca algo comum e factível a realidade das pessoas

7. O mago
Representa marcas que desejam transformar seus consumidores oferecendo criatividade, liberdade, ilusão e mistério.

8. O amante
Arquétipo ideal para provocar e gerar sensações de prazer, beleza, poder e sofisticação. Transmitem a ideia de ousadia e intimidade.

9. O cuidador
Marcas que desejam se posicionar com afetividade, preocupação e zelo. Possuem o objetivo de oferecer uma vida melhor para seus consumidores.

10. O bobo da corte
Este arquétipo visa a diversão e identificação com o público, ele passa a ideia de despreocupação, senso de humor e acessibilidade.

11. O governante
Visa passar liderança, poder e persuasão. As marcas que utilizam este arquétipo desejam representar a sensação de status, poder, glamour e ostentação

12. O criador
É o arquétipo da criatividade, ele visa oferecer diferentes possibilidades a seus consumidores e estimulam a criação de diferentes projetos.

Os arquétipos nas empresas

As agências de comunicação vêm utilizando cada vez mais os arquétipos para posicionar seus clientes no mercado, a Imediatto Comunicação é um exemplo disso. “Por meio dos arquétipos é possível garantir que a identidade visual e a linha editorial estejam alinhadas com os valores e objetivos que uma marca deseja passar, este é o objetivo de uma estratégia de marketing bem-sucedida”, explica Marcio, especialista em marketing e comunicação.



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