A eclosão da pandemia de Covid-19 em todo o planeta, no primeiro semestre de 2020, alterou drasticamente relações de consumo envolvendo indústria, empresas e consumidores finais, trazendo evidência para as plataformas de e-commerce e marketplace. Neste sentido, formatos como B2B (Business to Business - ou “Empresa para Empresa'', em tradução livre), modelo de negócios em que uma empresa vende diretamente para outras empresas, ou B2C (Business to Consumer - ou “Empresa para Consumidor'', em português), em que organizações de quaisquer segmentos e setores negociam de forma direta com os consumidores, têm ganhado força.
Há ainda, um modelo, chamado D2C (Direct to Consumer - ou “Direto para o Consumidor”, em tradução livre), que se refere à venda direta da indústria ao usuário, sem intermediação, com possibilidades de maiores margens de lucro e um relacionamento próximo com os clientes. Em tempos de hiperconectividade, os fabricantes podem, assim, desenvolver lojas virtuais D2C, apostando em vendas diretas, em um modelo que traz um impacto financeiro e operacional menor do que se fossem abrir lojas físicas para este propósito.
Para Thiago Avelino, CRO da Smplaces, empresa que desenvolve plataformas de marketplace para outras companhias, “com uma plataforma tecnológica multiloja, a indústria poderá vender para o consumidor final através do D2C, usando sua rede de lojas e revendas”. O executivo avalia que este formato de vendas “fortalece toda a cadeia, fomenta as lojas físicas, aproxima o cliente da loja” e faz com que a indústria fique mais próxima do consumidor final.
A demanda reprimida por este formato, para Avelino, ocorre pelo fato de a implementação deste modelo de vendas “não ser simples”, envolvendo grande operação e uma nova cultura empresarial a ser estabelecida. Além disso, pontua ele, “há a resistência de alguns setores internos que veem esse modelo como ameaça”, sendo necessário que estes profissionais enxerguem este formato como um investimento a médio e longo prazo.
No D2C, a indústria conecta seu lojista por meio de um marketplace, e, no momento em que o consumidor fizer um pedido, o sistema irá verificar a loja mais próxima deste consumidor, enviando o pedido para que ele faça a entrega. “Com o sistema de multiloja, há uma maior capilaridade na distribuição do produto”, diz. “É como se cada loja fosse um Centro de Distribuição, uma ‘dark store’ da marca, não sendo necessário uma operação de varejo na logística e atendimento ao consumidor”, conclui.
Sobre a relação entre a indústria e o lojista, Avelino explica que este modelo tende a fortalecer estes laços, que já são sólidos a partir do momento em que “a indústria já recebe demanda de consumidores querendo seus produtos em seu site”, direcionando o consumidor para as lojas por meio de links e telefones.
Com o modelo de D2C, porém, “o lojista tende a aumentar a demanda de acessos ao site, podendo realizar campanhas de marketing direcionados para vendas online e direcionar para seu site que posteriormente num pedido efetuado será direcionado para a loja mais próxima do consumidor. Este profissional, ademais, fica responsável pelo controle de estoque e emissão de nota fiscal ao consumidor, bem como do envio do pedido.
Para o CRO da Smplaces, em um vasto mercado, ainda são poucas as empresas que, de fato, atuam de forma sustentável, alinhando expectativas a longo prazo. “A indústria é carente de soluções e faltam maiores informações e gente qualificada. Sendo assim, quem se posicionar e entender que a adoção do formato de D2C é um investimento a longo prazo, certamente sairá ganhando no curto e médio prazo”.
Para saber mais, basta acessar: https://www.smplaces.com.br/