Ano novo, vida nova. A frase, tão comum a cada virada de ano, se encaixa perfeitamente nos planos da pernambucana Etiene Medeiros para 2023. Fundadora do Instituto Etiene Medeiros (IEM), com sede em Recife, Etiene está de mudança para a capital pernambucana, onde passará a frequentar mais de perto a instituição. O objetivo é colocar toda sua experiência, seu conhecimento, no dia a dia do Instituto, seguindo com sua carreira e, paralelamente, participando mais diretamente das atividades do IEM, que são realizadas no parque aquático do Centro Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem.
A partir de fevereiro, Etiene estará de 'casa nova' e, ao mesmo tempo, em um lugar já tão presente em sua vida como Recife, encerrando um ciclo de dez anos nadando pelo SESI-SP, ao lado do técnico Fernando Vanzella. A pernambucana retorna, assim, para sua cidade, onde começou a nadar, de forma competitiva, aos 8 anos de idade, dando início à carreira de vitórias e conquistas.
Etiene não esconde a emoção e, também, a expectativa com essa nova fase. "Uma nova etapa da minha carreira, participando mais diretamente no dia a dia do Instituto. Estou bastante animada com os planos para este ano. Muito legal voltar para casa, poder estar perto da família e do IEM", afirma Etiene.
"Sou muito grata ao SESI pela família forte e acolhedora que construímos. Nossa história e nosso legado estão vivos, servindo de inspiração para quem chega, quem fica e para quem continua. E seguimos firmes em nossa jornada", garante a pernambucana.
Primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro em um Mundial de Natação, Etiene está entre as melhores do mundo nos 50 metros costas. Antes do título em 2017, em Budapeste, na Hungria, foi quarta colocada no Mundial em Barcelona 2013 e bronze em Kazan 2015. Ela também é bicampeã do mundo em piscina curta (Doha/2014, quando bateu o recorde mundial, e Windsor/2016), além da vitória no revezamento medley misto em 2014. Em 2019, acrescentou mais uma medalha em Mundiais, a prata nos 50 m costas. Única brasileira bicampeã pan-americana de natação - ganhou ouro nos 100 m costas em Toronto, em 2015, e nos 50 m livre em Lima, em 2019 -, Etiene soma nove medalhas no Pan, sendo quatro no Canadá e cinco no Peru.
Fundadora do Instituto Etiene Medeiros, Etiene está buscando, sempre, fazer a diferença indo além das piscinas, com o objetivo de inspirar e ser exemplo no esporte e, também, na vida. Desde que foi criado, o IEM tem contribuído para a formação de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, com diferentes atividades educacionais e esportivas acessíveis a todos.
Homenagem do Sesi-SP – Uma emocionada Etiene recebeu, no final de 2022, uma bonita homenagem ao completar dez anos no SESI-SP. Foi durante a cerimônia de entrega do Prêmio Melhores do Ano – Pedagogia do Exemplo SESI-SP, no SESI de São José dos Campos, no interior paulista. A nadadora deu nome a um dos prêmios, o "Valores Esportivos Etiene Medeiros", destinado a quem, além de se destacar em sua modalidade, desempenha um papel bacana para o desenvolvimento dos valores esportivos junto às crianças, alunos de escola, que trabalhe e dissemine os valores olímpicos.
"A gente vai ficando com mais idade, se tornando mais emotiva também. A homenagem foi muito significativa para mim. Eu não esperava. Foi bem especial pelo fato de que não é qualquer atleta que fica dez anos em uma instituição, que constrói uma história muito bonita e recebe uma homenagem com um prêmio. E, principalmente, ao lado de pessoas que fizeram isso acontecer. Então é um reconhecimento imenso e ficará marcado na minha história", observa Etiene.
Sobre o IEM - O IEM contribui para a formação de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade com aulas de natação, desenvolvimento de habilidades, cidadania, cultura e diversidade, além de acompanhamento psicossocial do grupo e encontros com nutricionista para orientações alimentares. Todas as atividades são realizadas no parque aquático do Centro Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem, de terça a sexta-feira. Os alunos fazem parte da rede pública de ensino do Estado de Pernambuco e precisam participar de até 75% das atividades mensais do IEM para garantirem permanência no projeto.
