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18/05/2017 às 14h06min - Atualizada em 18/05/2017 às 14h06min

Casa do Cartucho Informática alerta para onda de sequestro digital - Casos já foram registrados em Serrolândia

Entenda o que é isso e o que acontece quando um computador é afetado



 

Golpe virtual pede resgate em troca da liberação de arquivos. Criminosos embaralham informações e geram chave para abri-las, mas não conseguem acessar conteúdo.

 

Tela mostrada após sequestro digital na China (Foto: AP Photo/Mark Schiefelbein)

Tela mostrada após sequestro digital na China (Foto: AP Photo/Mark Schiefelbein)

Tela mostrada após sequestro digital na China (Foto: AP Photo/Mark Schiefelbein)

Tela mostrada após sequestro digital na China (Foto: AP Photo/Mark Schiefelbein)

Tela mostrada após sequestro digital na China (Foto: AP Photo/Mark Schiefelbein)

 

Com os cibertaques da última sexta-feira (12), que afetaram mais de 300 mil computadores em 150 países, muita gente ouviu pela primeira vez o termo sequestro digital.

 

  • É parecido com o sequestro físico.
  • Esse golpe virtual pede um resgate em dinheiro para liberar o que foi capturado.
  • A diferença é que, no ataque a computadores, o que fica retido são os arquivos digitais das vítimas - vídeos, fotos, áudios, textos, planilhas e outros.
  • Os criminosos criptografam os dados, ou seja, embaralham o caminho até eles.
  • Eles ficam inacessíveis aos usuários.

 

Quer uma analogia com algo "à moda antiga"?

 

É como se, para chantagear alguém, criminosos alterassem a fechadura de uma casa. A vítima não consegue entrar, porque a chave não funciona. Mas isso não quer dizer que os criminosos tenham roubado o que estava lá dentro.

 

A comparação faz sentido porque, em casos como o do WannaCry, vírus de resgate que se espalhou na semana passada, os criminosos não têm acesso aos arquivos sequestrados.

O vírus não é programado para roubar os dados, mas bloqueia o acesso das vítimas. Ainda tem dúvidas? Entenda, abaixo, o sequestro digital passo a passo.

 

A infecção

 

A possibilidade mais provável para os ataques da semana passada é que o vírus tenha se espalhado por meio de e-mails maliciosos, aqueles que têm links ou anexos suspeitos. Esse é um método muito usado pelos golpistas que praticam o sequestro digital.

No caso do WannaCry, o vírus também recebeu a ajuda de uma brecha no Windows, sistema operacional da Microsoft, que é o mais comum em computadores. A empresa já havia corrigido o erro em 14 de março, mas apenas nas versões mais atualizadas do sistema. Dito isso, seguem algumas dicas para se prevenir:

 

  • Mantenha o sistema operacional do seu computador sempre atualizado
  • Tenha muito, muito cuidado ao abrir links e arquivos recebidos por e-mail. Procure, primeiro, saber qual a procedência
  • Faça cópias de segurança (backup) dos seus arquivos mais importantes. Você pode copiá-los em outros dispositivos, como pen drives e HDs externos, ou enviá-los para serviços de armazenamento na nuvem, como Google Drive e iCloud

 

A ação do vírus

Ao infectar um computador, o vírus de resgate passa a embaralhar os dados dos arquivos guardados, usando criptografia. Eles se tornam ilegíveis para a máquina e, por isso, o usuário não consegue acessá-los. Durante a infecção, o vírus gera uma chave, que é enviada aos criminosos e decifrada através de uma espécie de "chave-mestra" mantida pelos golpistas.

O resultado dessa decodificação é a solução para recuperar os arquivos. Quando o resgate é pago - e caso os criminosos cumpram o acordo -, não são as informações que são devolvidas à vítima, mas sim a chave decodificada, que permite ao próprio vírus desbloquear os dados. Dessa forma, no caso do WannaCry, toda operação é feita sem que os golpistas tenham acesso ao conteúdo dos arquivos. Lá vai mais uma analogia:

 

Imagine um portão trancado com um cadeado. Os criminosos não têm a chave, mas envolveram nele uma corrente trancada com outro cadeado. Eles não podem abrir o portão, mas sua chave é necessária para que ele seja aberto.

 

O resgate

É fácil para a vítima perceber que é alvo de um sequestro digital. Normalmente, uma tela informa o procedimento imposto pelos criminosos para recuperação dos arquivos. Nos ataques com o WannaCry, foi solicitado um resgate mínimo de US$ 300 por vítima. O pagamento devia ser feito em bitcoin, moeda virtual que dificulta o rastreamento.

Os criminosos estipularam prazo de três dias. Depois disso, o preço era duplicado. Após sete dias, os arquivos seriam perdidos para sempre, segundo o comunicado. Para ter de volta os arquivos, é preciso ter acesso à chave que está nas mãos dos golpistas, o que torna praticamente impossível a recuperação das informações sem o pagamento do resgate.

Não há, porém, garantia de que os dados serão recuperados com o resgate. O pagamento não é recomendado por especialistas, já que, além do risco de os arquivos não serem devolvidos, ele incentiva a realização da fraude.

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