A agricultura familiar da Bahia aprimora os seus processos de acesso a mercados a cada dia. Por meio do incentivo do Governo do Estado, a Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (Coopes) realizou mudanças em diversos âmbitos da cooperativa, inclusive na embalagem de seus produtos.
As novas embalagens de produtos como a Amêndoa de Licuri torrada sem sal, com sal e com rapadura estão tendo boa repercussão nos mercados, triplicando as vendas dos produtos, que agora contam com um material mais atraente e com o Selo da Agricultura Familiar, além de informações importantes e mais legíveis para o consumidor, especialmente pelo fato de ser um produto de origem do bioma da Caatinga.
As novidades animam agricultores e agricultoras da região. “Nossos clientes estão gostando muito, pois os produtos venciam mais rápido e agora as novas embalagens conservam mais o licuri. O impacto está sendo bem positivo porque estão triplicando as vendas”, comentou o presidente da Coopes, Davi Santos.
Por meio do projeto do Governo do Estado, Bahia Produtiva, foram investidos mais de R$ 2,3 milhões na cooperativa formada por 230 famílias de agricultores que atuam no sistema do licuri, em Capim Grosso e região. Foram destinados recursos para o serviço qualificado de assistência técnica e extensão rural (ATER) e para a instalação de equipamentos e máquinas, entre outras ações para avançar no beneficiamento dos produtos derivados do licuri, como doces, óleos, biscoitos e artesanatos.
“O apoio do Bahia Produtiva foi a chave para nós termos um produto de qualidade e agregar um valor nele para dar renda aos nossos produtores, tanto na parte de investimento, quando veio os materiais e os kits produtivos, para o pessoal desenvolver a atividade com mais segurança e eficiência, quanto na agroindústria, com a compra de equipamentos para ter um melhor processamento”, finalizou Davi.
O Bahia Produtiva é um projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Banco Mundial. Pelo projeto, foram aplicados um total de US$ 260 milhões em oito anos na agricultura familiar baiana.