A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2022, realizada no Brasil com mais de duas mil pessoas pelo Sebrae e pela Anegepe (Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas), apontou que 93 milhões de brasileiros estão envolvidos com o empreendedorismo.
O levantamento indicou que 67% da população adulta (de 18 a 64 anos) do país está envolvida de alguma forma com o empreendedorismo, onde 41 milhões de brasileiros já empreendem e outros 53 milhões têm vontade de começar um novo negócio nos próximos três anos.
O resultado da pesquisa coloca o Brasil como o segundo país no mundo com maior população potencialmente empreendedora, ficando atrás somente da Índia, onde 115 milhões de habitantes empreendem.
O fim da pandemia de Covid-19 e o cenário econômico no país em 2022, afetado pela inflação e volatilidade cambial, impulsionou parte da população a manter, começar ou sonhar com seu próprio negócio.
“A crise sanitária global acelerou a transformação digital e forçou muitos negócios a se reinventarem, o que, por sua vez, criou novas oportunidades”, ressalta Cristina Boner, empresária da área de tecnologia. “Além disso, observamos um aumento na atividade de startups, impulsionado pelo acesso mais fácil a capital de risco e uma comunidade de empreendedores cada vez mais resiliente e colaborativa.”
Precificação: um desafio para empreendedores
A empresária explica que a definição do preço requer uma compreensão profunda dos custos, não apenas os diretos, como materiais e mão de obra, mas também os indiretos, como custos fixos de operação. “É vital considerar a percepção de valor pelo cliente, que pode ser afetada por fatores como branding, qualidade, e experiência de compra”, diz.
Além disso, Boner reforça a importância de realizar uma análise para entender a precificação dos concorrentes e o posicionamento do produto ou serviço no mercado para determinar um ponto de preço competitivo, que implica diretamente na demanda do público almejado. “Outro fator importante é ficar atento ao contexto macroeconômico, como inflação, taxa de câmbio e poder de compra do consumidor.”
Segundo ela, no ambiente de negócios atual, as condições de mercado mudam rapidamente e os empreendedores precisam estar preparados para ajustar suas estratégias de preço em resposta a essas mudanças.
Boner também ressaltou a análise e aproveitamento dos dados das empresas como fonte de respostas rápidas para a precificação e outros desafios do empreendedorismo. “A coleta de dados permite uma análise mais profunda e em tempo real do comportamento do consumidor e do desempenho de vendas e isso proporciona flexibilidade e agilidade nos processos decisórios”, pontua.
Apesar do uso de dados para análises e tomadas de decisões empresariais ser indicado como caminho de soluções, no Brasil apenas 5% das empresas lançam mão da inteligência de dados em suas operações, de acordo pesquisa elaborada no ano passado pela TOTVS em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas.
Para saber mais, basta acessar: Cristina Boner (@cristina.boner) e www.critinaboner.com.br