O Movimento criado pelos professores em prol da aposentadoria dos docentes após 25 anos de serviço está conquistando cada vez mais adesões. Agora são mais de 25 mil apoiadores digitais entre os quais os deputados Bacelar (Pode-BA),que desde 2015 luta no Congresso pela valorização da categoria, o primeiro a abraçar a causa, e agora Rodrigo Delmasso (Pode-DF), que também incentiva a mobilização dos educadores. O apoio já pode ser conferido no blog www.nossoprofessormerece.com.br
Essa semana repercutiu em todos os cantos do país a agressão de um aluno à uma professora em Santa Catarina. O fato trouxe de volta a discussão sobre o desprezível ranking alcançado pelo Brasil. São daqui os professores mais intimidados ou vítimas de agressões verbais entre 34 países pesquisados pela OCDE(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). O Movimento pela aposentadoria ganhou força após a divulgação da notícia.
Como disse a educadora catarinenese agredida, os professores brasileiros se sentem desamparados pela sociedade e pelos governos.“Cada vez mais, as dificuldades cotidianas que envolvem baixo piso salarial e estruturas precárias reforçam esse diagnóstico. Lutamos para que direitos constitucionais não sejam desrespeitados. A elevação do tempo de contribuição vai significar mantermos professores idosos e ainda mais vulneráveis ao desgaste físico e psicológico nas salas de aula. A leitura que faço da situação é que precisamos que o Brasil entenda essa luta para derrubar a PEC que será votada no pacote de reformas”, assinala o deputado federal Bacelar que apresentou emendas à PEC.
Já os professores do Distrito Federal estão agora um passo a frente. É que nesta terça-feira (22) o deputado distrital Delmasso apresentou no plenário a Proposta de Emenda à Lei Orgânica que garante a manutenção da aposentadoria especial para professores do DF, que hoje é de 30 anos de contribuição para homens e 25 anos para mulheres. A proposta teve a assinatura de 12 deputados. “O país ou estado que não valoriza o professor não valoriza a educação e também não valoriza seu futuro”, afirmou Delmasso.