Preço do ovo dobra em um mês e pressiona inflação, de acordo com IPCA-15
Abrasel Baixada Santista comenta resultado divulgado pelo IBGE e aponta que cada ovo hoje em dia, custa em média R$1 a unidade
RAFAELLA FERREIRA
27/03/2025 19h43 - Atualizado há 2 dias
Rafaella Ferreira
A prévia da inflação, o IPCA-15 – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE, mostra que o preço do ovo não para de subir, mesmo com a queda momentânea da inflação que até o meio de março ficou em 0,64% e está abaixo do último registro do IPCA-15 de 1,23%, divulgado no fim de fevereiro. Em um ano, o IPCA-15 está acumulado em 5,26%. Em março de 2024, o índice era de 0,36%. Os números registrados agora são do dia 13 de fevereiro até o dia 17 de março. Lembrando que na primeira quinzena de abril, haverá uma nova divulgação, a do IPCA, que é considerada a inflação oficial. SETORES EM ALTA NO IPCA-15 Dos nove grupos analisados, Alimentação e Bebidas, teve a maior alta (1,09%), em seguida, vem Transportes, que subiu (0,92%). Um setor puxa o outro, afinal de contas nos custos de comerciantes do ramo alimentício, o transporte também entra. O grupo de alimentação e bebidas é subdividido em dois: alimentação dentro e fora de casa. A alimentação em bares e restaurantes em março, teve o índice de (0,66%), em fevereiro foi (0,56%). Contribuíram para esse resultado as altas do ovo (19,44%), do tomate (12,57%), do café moído (8,53%) e das frutas (1,96%). Falando em ovos, um rápido comparativo. No inicio de fevereiro, cada unidade de ovo em média custava R$ 0,58, agora ultrapassa R$1 por unidade. Por conta destes itens mais caros, a alimentação dentro de casa também está mais cara e passou de (0,63%) em fevereiro para (1,25%) em março. ANÁLISE ABRASEL BAIXADA SANTISTA A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, a Abrasel Baixada Santista, acompanha de perto mensalmente este cenário e estuda possibilidades. “Antes pratos que levavam ovos, eram os mais em conta em qualquer lugar, agora virou artigo de luxo. Mas o comerciante, tem pagado esta conta. Orientamos a não fazer o repasse pro consumidor porque tudo vai ovo, em massas, doces, pratos. Mas de fato, está difícil segurar e pra completar outros itens, também essenciais, estão bem mais caros”, o líder institucional da Abrasel, Luan Paiva. “O setor tem acumulado perdas com tantos aumentos. Além dos impostos, temos estas altas de alimentos essenciais em todo tipo de culinária, ovo, tomate, frutas. O café também está caro. Nós temos discutidos alternativas como tentar comprar em maior quantidade para obter desconto, pesquisar ainda mais novos fornecedores e sempre orientar a não repassar para não pesar também no bolso dos clientes”, comenta o líder de relacionamento, Guilherme Karaoglan Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
RAFAELLA FLORENCIO FERREIRA
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