Os livros de colorir estão de volta e com força total. A nova tendência tem nome e sobrenome: Bobbie Goods. Com traços delicados, personagens fofos como ursos, coelhos, gatos e cenas que remetem à infância, os livros criados pela ilustradora americana Abbie Goveia, viralizaram nas redes sociais, principalmente no TikTok, onde milhões de pessoas compartilham vídeos colorindo com canetinhas, lápis de cor ou aquarela. Segundo o PublishNews, títulos como Do dia para a noite e Dias quentes estão entre os mais vendidos de março.
Para a coordenadora educacional da escola Sigma de Águas Claras, Simone Melo, a razão de tanta gente ter voltado a se interessar pela atividade está na necessidade de desacelerar. “Vivemos um tempo muito acelerado, e vejo crianças e adolescentes se permitindo redescobrir formas de relaxar. Sem o celular nas escolas, por exemplo, muitos têm ocupado o tempo livre com práticas mais sensoriais e criativas, como os livros de colorir, o crochê e até jogos de tabuleiro”, afirma.
Segundo ela, os desenhos de Bobbie Goods têm um apelo emocional que vai além da estética. “Os cenários remetem à infância, à natureza, a guloseimas e ao ato de brincar. Isso gera uma conexão afetiva imediata e convida ao cuidado, ao tempo dedicado a si mesmo”, explica. Em ambientes escolares, a especialista observa o efeito terapêutico da prática: “É comum vermos grupos de alunos sentados juntos, trocando ideias sobre as cores e desenhos, em um momento de calma e conexão”.
Além do impacto emocional e social, colorir pode trazer benefícios cognitivos e físicos. “Há estudos que mostram como a arte contribui para a prevenção e o controle de doenças mentais, como a ansiedade e a depressão, em todas as fases da vida. Também melhora a autoestima, a autoconfiança e a socialização”, destaca Simone. E ela lembra: não há idade certa para começar. Basta ter coordenação motora e deixar a criatividade fluir.
Na escola, o estímulo às atividades artísticas é parte do currículo desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. “A arte desenvolve a criatividade, o pensamento crítico, valoriza a diversidade cultural e ainda melhora o desempenho escolar. É uma ferramenta poderosa para a formação integral dos nossos estudantes”, conclui.
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SUENIA MICHELLE QUEIROZ DANTAS
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