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Faça de São Paulo uma cidade afetiva

Sustentabilidade

Renato Nalini
24/04/2025 07h26 - Atualizado há 7 horas
Faça de São Paulo uma cidade afetiva
Domínio Público
            Ouvimos falar em “smart cities”, cidades inteligentes, cidades resilientes, cidades verdes. Mas é importante pensar se não podemos também nos responsabilizar por cidades afetivas.
            O que nos faz olhar para o semelhante com olhos de afeição? Considerá-lo, necessariamente, um igual. Alguém provido de dignidade inquestionável. Por sinal que o princípio da dignidade humana é norteador de todo o ordenamento brasileiro, a partir da Constituição da República.
            Chega do predomínio de protagonismo exclusivamente individualizado e egoísta, que é obstáculo intransponível à construção de vínculos. É preciso encarar o próximo como a si mesmo. Depende de cada um de nós criar ambiente acolhedor, que favoreça interações espontâneas.

            O individualismo e isolamento preponderam, cada qual está ocupado em sobreviver e a correr atrás do sustento. Mas será que isso não pode ser feito com outro olhar? Será que é necessário nutrir a desconfiança de todos contra todos, como se vivêssemos num estágio selvagem, em que “o homem é o lobo do homem?”.
            Quem quiser uma São Paulo mais humana, tem de incentivar iniciativas que criem ambiente mais colaborativo. O isolamento nos torna enfermos. O enfraquecimento das relações interpessoais é um sintoma disso. Essa reflexão é essencial para todas as cidades contemporâneas, mas principalmente para esta megalópole que é a maior cidade do Brasil. Tem de ser possível conciliar bem-estar social e limites ecológicos, na garantia de um equilíbrio que melhore a qualidade de vida para todos.
            Cada cidadão de boa vontade pode assumir papel estratégico de protagonista na cocriação de novos paradigmas urbanos. Atuar como agentes de transformação do convívio, mediante experimentação e aprimoramento de práticas regenerativas que integrem ciência, sociedade e políticas públicas.
            A mudança de cultura e percepção depende de cada um de nós. Vamos experimentar e tentar fazer de São Paulo uma cidade efetivamente afetiva?

José Renato Nalini é Secretário-Executivo de Mudanças Climáticas de São Paulo.

 

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LUCIANA FELDMAN
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