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Tribunal Penal Internacional determina reavaliação da contestação de Israel após desconsiderar argumentos jurídicos

A decisão representa a primeira vitória legal de Israel em Haia em mais de uma década

ALINNE AGUIAR | ART PRESSE
25/04/2025 14h05 - Atualizado há 1 dia
Tribunal Penal Internacional determina reavaliação da contestação de Israel após desconsiderar argumentos jurídicos
Tribunal Penal Internacional (TPI) 2018 em Den Haag/ Wikimedia Commons

A Câmara de Apelações do Tribunal Penal Internacional (TPI) decidiu por unanimidade que uma instância inferior deve reconsiderar a contestação de Israel à jurisdição do tribunal para julgar cidadãos israelenses por crimes de guerra. A decisão reverte uma determinação anterior que havia rejeitado as objeções israelenses e representa uma vitória processual para o país, ao reconhecer seu direito de questionar a autoridade do TPI. Com isso, o caso retorna à Câmara Pré-Julgamento, que agora terá de fazer uma nova e mais aprofundada análise das alegações apresentadas por Israel.

Em novembro de 2024, o TPI havia emitido mandados de prisão contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, acusando-os de crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Israel contestou a jurisdição do tribunal, argumentando que não é signatário do Estatuto de Roma e que possui um sistema judicial capaz de investigar e processar tais alegações de forma independente.​

Embora a decisão não suspenda os mandados de prisão emitidos contra Netanyahu e Gallant, ela representa uma vitória processual para Israel, ao reconhecer seu direito de contestar a jurisdição do TPI antes que o processo avance para etapas posteriores.

O Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, foi criado em 2002 com a proposta de julgar crimes graves como genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra, especialmente em contextos onde os sistemas judiciais nacionais são incapazes ou omissos. No entanto, o tribunal tem sido alvo de críticas por adotar posturas consideradas controversas e, por vezes, politizadas. Para muitos, essas ações levantam dúvidas sobre a imparcialidade e legitimidade do TPI, especialmente quando ignora contextos complexos de autodefesa e o comprometimento democrático de países como Israel.

Para o cientista político André Lajst, presidente-executivo da StandWithUs Brasil, a decisão da Câmara de Apelações do TPI de suspender o processo e reavaliar a jurisdição do tribunal revela a fragilidade e a incoerência jurídica da instância anterior. Segundo ele, a suspensão “expõe a inconstitucionalidade da decisão anterior e comprova a incoerência jurídica do Tribunal Penal Internacional”. Lajst destaca que Israel enfrenta uma realidade única e excepcional na luta contra o terrorismo, sendo constantemente cobrado a agir dentro dos parâmetros do direito internacional. “O que se espera da comunidade internacional, principalmente das democracias liberais, é que sejam justas e sensatas. E a decisão de hoje mostra alguma esperança a esse respeito”, afirma.


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ALINNE MARIA AGUIAR DO NASCIMENTO
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