Engajamento dos colaboradores: entenda porque motivar a equipe é importante para o desempenho da empresa

Especialista destaca como práticas simples de valorização e escuta ativa podem transformar a cultura organizacional

NáDIA FISCHER
28/04/2025 08h45 - Atualizado há 12 horas

Divulgação

Manter colaboradores motivados é mais do que uma boa prática de gestão, é uma estratégia cada vez mais usada para o sucesso das organizações. A motivação no ambiente de trabalho está diretamente ligada à produtividade, à saúde emocional e à capacidade de inovar. Por outro lado, manter um time motivado é um dos maiores desafios para qualquer empresa, pois a motivação no ambiente corporativo vai muito além de salários e benefícios.

Para Alessandra Silva, psicóloga de formação e Gerente Comercial B2B sobre Engajamento dos Colaboradores da Refuturiza, ecossistema pioneiro a unir empregabilidade à educação, manter a motivação dos colaboradores em foco não é apenas uma questão de bem-estar, mas sim uma estratégia inteligente de gestão de pessoas. “É essencial que a empresa compreenda se a motivação dos colaboradores está alinhada aos seus valores pessoais e propósito de vida. Quando há essa conexão genuína entre o trabalho e o que a pessoa acredita, o engajamento se torna natural. A motivação, nesse cenário, não precisa ser forçada — ela é o resultado espontâneo de uma jornada com significado”, explica a psicóloga.

A especialista também aponta a importância de reconhecer que cada pessoa sente e reage à motivação de forma diferente. “O que impulsiona um colaborador pode ser irrelevante para outro. Isso se dá, em parte, por diferenças nos circuitos de recompensa, nas experiências prévias e até no estilo cognitivo de cada um”, ressalta.

O que realmente motiva?

De acordo com a psicóloga, entender o que motiva uma pessoa requer sensibilidade às suas necessidades individuais e um olhar atento para os diferentes estágios que compõem a experiência humana no trabalho. Nesse contexto, a Hierarquia das Necessidades de Maslow continua sendo uma ferramenta valiosa. Apesar de ter sido criada há décadas, ela permanece atual ao ser adaptada ao ambiente corporativo, auxiliando líderes e gestores a compreender as camadas de motivação que impulsionam os colaboradores no dia a dia.

Na base da pirâmide, estão as necessidades fisiológicas, como a garantia de um salário justo, acesso à alimentação, descanso adequado e condições de trabalho que respeitem a dignidade do ser humano. Sem essas bases mínimas atendidas, qualquer tentativa de motivar o colaborador será superficial. Em seguida, vêm as necessidades de segurança, que abrangem a busca por estabilidade no emprego, um ambiente psicologicamente seguro, benefícios consistentes e transparência nas regras e processos internos.

Subindo na pirâmide, surgem as necessidades sociais: o desejo de pertencer, de criar boas relações interpessoais e de se integrar verdadeiramente às equipes. É nessa camada que a cultura organizacional ganha destaque e pode ser uma ponte poderosa para a conexão entre pessoas e propósito. Em seguida, aparecem as necessidades de estima, que envolvem o reconhecimento por parte da liderança, a valorização do trabalho realizado, a autonomia para tomar decisões e o acesso a oportunidades reais de crescimento. Quando esses aspectos são atendidos, o colaborador tende a se sentir valorizado e confiante.

Por fim, no topo da pirâmide está a autorrealização, que diz respeito à percepção de propósito, à possibilidade de causar impacto e à conexão com algo maior do que si mesmo. Dessa forma, ao observar atentamente cada uma dessas camadas, as empresas são capazes de promover um ambiente em que a motivação não é construída apenas com bônus, metas e prêmios, mas com escuta ativa, acolhimento e clareza de propósito.

 “A remuneração é importante, mas não é suficiente. Ela atende às necessidades básicas, mas não sustenta a motivação no longo prazo. Para manter uma equipe verdadeiramente engajada, é preciso adotar uma abordagem humanizada, estratégica e contínua, que considere as diferentes fases da jornada do colaborador. Empresas que entendem isso constroem ambientes mais saudáveis, inovadores e produtivos — onde a motivação é consequência natural de uma cultura bem estruturada”, complementa Alessandra.

Os desafios do trabalho remoto no cuidado com colaboradores

O modelo de trabalho remoto, apesar de oferecer mais flexibilidade e qualidade de vida para muitos profissionais, também impõe desafios. O distanciamento físico pode gerar sentimentos de invisibilidade, insegurança, e solidão especialmente se a comunicação não for clara e humanizada.

Uma pesquisa da Gallup revelou que cerca de 86% dos profissionais preferem modelos híbridos ou remotos, principalmente quando se sentem valorizados e conectados ao propósito da empresa, e aos colegas. Isso mostra que o desafio não está no modelo em si, mas na forma como ele é conduzido.
Para manter o engajamento à distância, algumas estratégias são essenciais, de acordo com a Gerente Comercial B2B sobre Engajamento dos Colaboradores da Refuturiza:
  • Estimular conexões humanas frequentes: reuniões de equipe com espaço para trocas informais, cafés virtuais e dinâmicas de integração ajudam a fortalecer o senso de pertencimento, mesmo à distância.
  • Reconhecer resultados e conquistas constantemente: reconhecimento é um dos estímulos mais poderosos para o cérebro. Quando o colaborador se sente valorizado, há um aumento na produção de dopamina, neurotransmissor ligado à motivação e ao prazer.
  • Manter uma comunicação clara, transparente e afetiva: ambientes incertos ou silenciosos tendem a gerar insegurança. É importante que a liderança mantenha uma comunicação aberta, atualizando o time sobre metas, resultados e decisões.
  • Oferecer suporte emocional e acolhimento psicológico: a escuta ativa por parte da liderança e do RH é essencial. Criar canais de apoio e demonstrar empatia fortalece o vínculo com a empresa e reduz o risco de esgotamento emocional.
“Um dos nossos diferenciais é a Pesquisa de Humor Empresarial, um levantamento anônimo que revela como os colaboradores estão se sentindo. Essa escuta ativa direciona ações concretas que melhoram o clima organizacional”, explica a gerente.

Como as empresas podem promover a motivação na prática

Contar com soluções que reúnem recrutamento, integração de novos talentos, avaliações técnicas, acompanhamento de desempenho e apoio às lideranças faz toda a diferença. “Na Refuturiza, acreditamos que motivação e desempenho caminham lado a lado — por isso, atuamos de forma estratégica. Monitoramos os níveis de motivação e clima organizacional, identificando possíveis desvios em tempo real e planejando ações corretivas ou preventivas de forma ágil e eficaz”, explica Alessandra.

Investir no desenvolvimento profissional, mesmo à distância, por meio de treinamentos online e trilhas de aprendizado, demonstra o compromisso da empresa com o crescimento do colaborador. Ao mesmo tempo, respeitar seus limites, evitando sobrecargas e incentivando o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, é essencial para preservar a saúde mental e manter a motivação em alta na prática.

A motivação não é constante, mas pode ser cultivada com empatia, planejamento e uma cultura centrada nas pessoas. Entender o que move cada indivíduo e alinhar esses fatores com os valores da empresa é o caminho para formar equipes mais engajadas, produtivas e resilientes. “Empresas que criam ecossistemas motivacionais duradouros colhem os frutos: menor rotatividade, maior produtividade e, principalmente, mais saúde emocional no ambiente de trabalho”, conclui Alessandra Silva.
 

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NADIA FISCHER MARINHO
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