A automação tem sido apontada como o caminho mais promissor para empresas que desejam aumentar a eficiência e reduzir custos. No entanto, especialistas alertam que, quando aplicada sem estratégia e análise crítica, a tecnologia pode apenas digitalizar falhas já existentes — elevando gastos e ampliando gargalos operacionais.
De acordo com a especialista em automação Luciana Papini, responsável pela formação de mais de 5.700 profissionais na área, o problema não está na tecnologia, mas no uso equivocado que muitas empresas fazem dela. “Automatizar um processo ineficiente só torna o erro mais rápido. A automação precisa vir acompanhada de análise, lógica e estratégia de negócio”, afirma.
Para Luciana, o avanço das ferramentas digitais criou uma falsa sensação de que automatizar processos significa, automaticamente, ganhar produtividade. Na prática, o que se observa em muitos casos é a repetição de erros, agora com mais velocidade e escala. “A tecnologia, quando mal aplicada, apenas transfere ineficiências para um novo ambiente — o digital”, pontua.
A importância da estratégia
Antes de adotar qualquer ferramenta, o primeiro passo deve ser o mapeamento completo dos processos internos. Segundo Luciana, só é possível alcançar ganhos reais com automação quando se compreende exatamente como o fluxo de trabalho funciona. “É fundamental identificar gargalos, analisar métricas e entender as prioridades do negócio. Só assim a automação se transforma em vantagem competitiva”, ressalta.
Capacitação profissional como ponto-chave
Outro aspecto fundamental, segundo a especialista, é contar com profissionais preparados para liderar projetos de automação com foco estratégico. “Automação não é sobre apertar botões. É sobre fazer perguntas certas, testar soluções e medir impactos. Sem qualificação, o risco de desperdício aumenta, e os resultados não aparecem”, reforça Papini.
Quando feita com planejamento, a automação entrega resultados concretos:
Luciana alerta que a automação precisa deixar de ser vista como uma solução mágica. “Muitos negócios caem na armadilha de automatizar apenas para parecer modernos. Mas a pergunta correta é: isso resolve um problema real? Isso melhora o que já existe?”, questiona. Ela defende que a tecnologia só cumpre seu papel quando atua como aliada da gestão inteligente e dos objetivos estratégicos da empresa.
Sobre Luciana Papini:
Luciana Papini é especialista em automação e referência no mercado digital. Criou a maior comunidade de Gestores de Automação do Brasil e já formou mais de 5.700 alunos na área. Durante 14 anos, atuou no mundo corporativo até migrar para o digital e estruturar a Formação Mestres da Automação (MDA). Seu método ajuda pessoas comuns e do mercado tradicional a fazerem uma transição para o digital e se tornarem gestores de automação.. Seu trabalho já contribuiu para a digitalização de empresas e gerou mais de R$ 19 milhões em faturamento para clientes.
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PAULO NOVAIS PACHECO
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