Cidade Partida: turnê de lançamento do single de Janeiro
Shows gratuitos com acessibilidade e ações afirmativas celebram o afrorock suburbano e a nova cena periférica carioca
Flávia Domingues
23/05/2025 15h23 - Atualizado há 2 dias
Divulgação
O Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através do Edital Esse Tal de Rock ‘N’ Roll, apresentam CIDADE PARTIDA: Turnê de lançamento “de Janeiro”.
A banda Cidade Partida, expoente do afrobeat psicodélico da Zona Oeste carioca, embarca em uma mini turnê de lançamento do single “de Janeiro”. Com shows gratuitos e inclusivos, a circulação passa por três locais estratégicos do Estado do Rio de Janeiro: dia 23 de maio na Fundação Mário Peixoto em Mangaratiba, e dia 13 de junho na Casa Bosque no Rio de Janeiro, no bairro de Campo Grande.
A turnê tem como objetivo democratizar o acesso à música autoral feita nas periferias e fomentar a integração de territórios frequentemente negligenciados culturalmente. Além dos shows, o público poderá participar ativamente do projeto através da entrada solidária: 1 kg de alimento não-perecível, destinado a instituições sociais locais. Todos os eventos contarão com interpretação em LIBRAS, garantindo a acessibilidade para o público surdo.
Sobre o Single “de Janeiro”
“de Janeiro” é uma faixa de caráter combativo e sociológico, trazendo reflexões sobre a precarização dos direitos humanos, a desigualdade socioespacial e a repressão histórica sofrida pelo povo preto e a classe trabalhadora. Com letra forte e provocadora, o single estabelece um diálogo crítico com símbolos nacionais e questiona o verdadeiro significado da cidadania para os moradores das zonas periféricas
Cantada a partir das ruas e vielas da periferia carioca, "de Janeiro" é um grito poético contra o monopólio aristocrata, a violência de Estado e a falsa ideia de que a escravidão acabou. Uma música que expõe as contradições profundas da cidade maravilhosa — aquela que, além das praias e cartões-postais, também é feita de fardas sujas, muros invisíveis e corpos invisibilizados. Com lirismo ácido e crueza social, a letra de "de Janeiro" denuncia a opressão cotidiana enfrentada por quem vive longe da "zona luminosa" das elites.
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FLAVIA DOMINGUES MENDES
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