A escritora Analu Leite marca presença na Bienal do Livro do Rio de Janeiro de 2025 com uma agenda especial, destacando o lançamento de sua mais nova obra, "A Menina e o Sabiá", sua incursão na literatura infantojuvenil, publicado pelo selo Tá de Sol, Tá de Lua, da editora Urutau. A autora, conhecida por seus romances "Verdades de Papel" e "Com Amor, Mamãe", que exploram profundas questões sociais e femininas, também participará de mesas de discussão e sessões de autógrafos nos dias 14 e 15 de junho.
O grande destaque é o lançamento de "A Menina e o Sabiá", ilustrado por Thais Capusso. Inspirado na canção "Sabiá lá na Gaiola" de Carmélia Alves, o livro narra de forma sensível a história de uma menina e seu sabiá, explorando temas como amizade, liberdade e o verdadeiro significado do amor. A narrativa poética acompanha a transformação da relação entre a protagonista e o pássaro, ensinando que o amor verdadeiro reside na liberdade. Com linguagem acessível e ilustrações que evocam a doçura da narrativa, a obra é um convite à reflexão para leitores de todas as idades sobre o respeito aos animais e a beleza de deixar ir quem se ama.
A participação de Analu Leite na Bienal do Rio inclui:
Neste debate, Analu Leite trará reflexões presentes em seu livro "Com Amor, Mamãe". A obra expõe a maternidade sem romantizações, acompanhando Maria Clara, uma mãe que lida com a saída da filha Bia de casa e as feridas abertas entre elas. O livro aborda a sobrecarga mental e física feminina – em um país onde mulheres dedicam quase o dobro do tempo dos homens a tarefas domésticas (IBGE) e 25% das mães brasileiras apresentam sintomas de depressão pós-parto (Fiocruz, 2016) – além de temas como violência obstétrica (uma em cada quatro mulheres, segundo Fundação Perseu Abramo, 2010) e o preconceito contra mães.
A trajetória literária de Analu Leite também é marcada por "Verdades de Papel", um romance fruto de dois anos de pesquisa que mergulha nos aspectos sociais e culturais do cacau na Bahia. A obra retrata o êxodo rural e a crise econômica na região cacaueira através da história de Rita de Cássia, forçada a deixar sua terra natal e que, anos depois, como doutora em Educação, retorna para implantar uma escola inovadora, confrontando fantasmas do passado. Inspirado na história real de uma alfabetizadora da região, o livro destaca a força transformadora da educação. Um trecho marcante da obra ilustra essa crença: “Não tinha dúvidas de que o sucesso daquela empreitada passava inevitavelmente pelas mãos das professoras. Assim como Jurema um dia havia tocado sua vida com ares de anjo e livros empunhados, acreditava no poder do educador como formador de gente e despertador de sonhos.” (Verdades de Papel, página 93).
A presença de Analu Leite na Bienal do Rio é uma oportunidade imperdível para leitores conhecerem sua nova obra infanto-juvenil, debaterem temas urgentes e celebrarem a força da literatura brasileira.
Sobre a autora:
Graduada em Direito pela Universidade Estadual de Santa Cruz e Mestre em Direito Processual Constitucional pela Universidad Nacional Lomas de Zamora (Argentina). Servidora pública do Poder Judiciário da Bahia desde 2008, atuando como assessora de magistrado desde 2010.
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ALEX YAN DA COSTA MENDES
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