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Escritora Mônica Strege apresenta “É (sobre)vida” e “É (sobre)viver” na na Feira do Livro de São Paulo

Obras da autora, que é paciente oncológica em cuidados paliativos, falam de vida, câncer e temas femininos

MARIANA BUENO - ASSESSORIA PARA ESCRITORAS
11/06/2025 21h17 - Atualizado há 22 horas
Escritora Mônica Strege apresenta “É (sobre)vida” e “É (sobre)viver” na na Feira do Livro de São Paulo
Divulgação

Pela primeira vez participando de um dos maiores eventos literários do país, a autora Mônica Strege apresenta seus livros “É (sobre)vida” e “É (sobre)viver” na Feira do Livro de São Paulo no dia 20/06, das 17h às 20h, na tenda Escreva, Garota - projeto do qual faz parte. 

Paciente oncológica em cuidados paliativos, Mônica compartilha, em suas obras, vivências sobre câncer, feminilidade e existência, com relatos corajosos de quem insiste em viver mesmo quando tudo parece incerto.

Livros surgiram em meio ao processo de tratamento

Mônica estava escrevendo seu primeiro livro, “É [sobre]Vida”, com histórias de sua vida, quando recebeu o diagnóstico de câncer de pulmão, em 2021, em plena pandemia. O título da obra foi dado a partir da sua condição de saúde. Ao saber do diagnóstico soube que a cura não era mais possível e sim o prolongamento de uma sobrevida.  

Mesmo diante da notícia, continuou sua trajetória de estudos no mestrado. Em 2022 recebeu o segundo diagnóstico de metástase cerebral, fez a defesa da dissertação  e concluiu o seu primeiro livro. 

A publicação aconteceu em 2024 e, pouco tempo depois, publicou também o segundo livro, “É (sobre)viver”, lançado em março de 2025. São obras que nascem desse entrelugar delicado: não para exaltar a dor, nem para silenciá-la, mas para dar voz a experiências reais, sentidas, choradas e, acima de tudo, compartilhadas. "O câncer atravessa minha vida, mas não é a minha vida", diz. 

Ela acredita que é fundamental falar sem tabus sobre a doença e sobre a finitude da vida, reconhecer que qualquer pessoa pode adoecer. Pontua, também, o quanto o acesso ao diagnóstico e ao cuidado ainda é um enorme privilégio em um país marcado por desigualdades.

Escritora é da área da Educação e tem novos projetos a caminho

Nascida no interior de Santa Catarina, Mônica viveu também no Mato Grosso, onde se formou em Ciências  Biológicas, e vive atualmente em Goiânia com seu filho João Lucas, de 12 anos. Sempre atuou como professora e hoje cursa doutorado também na área da Educação. 

Entre um divórcio em andamento, sessões de tratamento e o cuidado com o filho, segue escrevendo. Também é voluntária em grupos de apoio a pessoas com câncer, participa de projetos de acolhimento e já palestrou em diversos eventos sobre oncologia e cuidados paliativos - temas que, segundo ela, precisam ser discutidos para que as pessoas, ao se depararem com um diagnóstico seu ou de alguém próximo, não sejam pegas de surpresa.

Seu terceiro livro já está em andamento e promete ser o mais profundo, tendo o adoecimento como pano de fundo, mas aprofundando as questões femininas, acessando as "gaiolas" invisíveis que aprisionam tantas mulheres. “Não sou heroína, não sou forte. Só não tive escolha. Precisei encarar”, diz. Ela afirma ainda que sua  sobrevida não é um rascunho - é a versão mais bonita de sua história, pois ela se descobriu viva desde então.

Em sua trajetória literária e pessoal, Mônica nos lembra que "há muita vida depois do “não tem cura" e que escrever é uma forma de seguir viva, habitando o mundo com coragem e literatura.


 

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MARIANA BUENO NETTO
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