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Lipedema: o mês da conscientização sobre a doença que atinge milhões de mulheres brasileiras

SARAH MONTEIRO
23/06/2025 07h14 - Atualizado há 11 horas
Lipedema: o mês da conscientização sobre a doença que atinge milhões de mulheres brasileiras
Divulgação
Junho é o mês oficial da conscientização sobre o lipedema, uma doença crônica e progressiva que ainda é pouco conhecida, apesar de atingir cerca de 12% das mulheres no Brasil, segundo estimativas médicas. Caracterizado pelo acúmulo anormal de gordura, principalmente em pernas, quadris e braços, o lipedema provoca dor, inchaço, sensibilidade e impacta não apenas o corpo, mas também o bem-estar emocional das pacientes.

No Brasil, um dos nomes que se destaca na missão de levar informação de qualidade sobre o tema é o da médica nutróloga Dra. Viviane Vargas. A especialista, conhecida pelo perfil no Instagram @dra.vivianevargas, compartilha conteúdos educativos e acessíveis, buscando ampliar o debate sobre o diagnóstico e o tratamento adequado do lipedema.


O que é lipedema?

O lipedema é uma disfunção no tecido adiposo que leva ao acúmulo de gordura de forma simétrica, especialmente nas extremidades inferiores, como pernas e coxas, poupando mãos e pés. De acordo com a Associação Brasileira de Medicina Ortomolecular (ABRAMEO), essa gordura é resistente à dieta e ao exercício físico e tende a ser dolorosa, gerando desconforto contínuo para quem convive com a condição.

Apesar de ter sido reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o lipedema ainda é amplamente confundido com obesidade ou linfedema, o que dificulta o diagnóstico precoce. Em geral, a condição se manifesta em períodos de alteração hormonal, como a puberdade, a gravidez ou a menopausa.

Uma doença invisível

O impacto do lipedema vai além do físico. “Muitas mulheres passam anos tentando emagrecer, fazendo dietas rigorosas, mas não conseguem reduzir o volume nas pernas. Isso abala a autoestima e a saúde emocional dessas pacientes”, explica Dra. Viviane Vargas. Ela também reforça que o tratamento do lipedema precisa ser conduzido por uma equipe multidisciplinar, envolvendo médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos.

Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, foram realizadas 245 cirurgias para tratamento de lipedema no SUS em 2022, e 102 apenas nos quatro primeiros meses de 2023. Apesar disso, a maior parte das pacientes ainda não tem acesso ao diagnóstico correto ou ao cuidado ideal.

Caminhos para o tratamento

O tratamento do lipedema varia conforme o estágio da doença. Em fases iniciais, é possível controlar os sintomas com alimentação anti-inflamatória, drenagem linfática, exercícios de baixo impacto e uso de meias de compressão. Já nos estágios avançados, pode ser indicada a lipoaspiração com técnica tumescente, desde que preservado o sistema linfático.

“O objetivo não é apenas melhorar a estética, mas aliviar a dor e devolver mobilidade e qualidade de vida à paciente”, destaca a nutróloga.

Informação como forma de cuidado

Durante o mês de junho, diversas campanhas são realizadas por organizações como o Movimento Lipedema e a Associação Brasileira de Lipedema para ampliar o conhecimento sobre a doença e incentivar a busca por diagnóstico precoce. Para Dra. Viviane, esse é o principal caminho para transformar a realidade de tantas mulheres que ainda vivem com dor e sem respostas.

“Quando uma paciente entende o que tem, ela retoma o poder sobre o próprio corpo. O conhecimento é o primeiro passo para a cura — ou, ao menos, para uma vida mais leve e digna”, conclui.
 

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SARAH MONTEIRO DE CARVALHO
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