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Livro sobre a vida da heroína Maria Quitéria de Jesus conquista a crítica especializada

A proximidade da comemoração da Independência da Bahia é o momento para recordar a trajetória da soldada que ganhou biografia inspirada no estilo narrativo de autores do séc. XIX   

SG COMUNICAçãO E CONTEúDO
24/06/2025 11h23 - Atualizado há 1 dia
Livro sobre a vida da heroína Maria Quitéria de Jesus conquista a crítica especializada
Poligrafia divulgação
A proximidade do 2 de julho, data de comemoração da Independência da Bahia,  também representa a consagração de uma das maiores heroínas da história do Brasil, a soldada Maria Quitéria de Jesus. Sua trajetória pode ser conferida no livro Maria Quitéria – a soldada que conquistou o Império, obra da autoria de Rosa Symanski, e que tem ganhado menções muitos positivas da crítica especializada: Ao invés de partir para a confecção de uma biografia (caminho que a maioria dos jornalistas trilharia), Rosa optou por percorrer as delicadas curvas do universo literário. Essa decisão se mostrou acertadíssima. Mesmo com um material bibliográfico rico e extenso em mãos, fruto de anos e anos de pesquisa, Rosa não titubeou em mergulhar, quando necessário, na ficção. O resultado é simplesmente sensacional! – Bonas Histórias.
Outra característica do romance que caiu no gosto da crítica diz respeito ao estilo literário: No que se refere à análise literária em si, o estilo narrativo utilizado em “Maria Quitéria”, emula as principais características dos romances românticos, o tipo de literatura praticada na época em que essa trama se passa. Como consequência, temos a potencialização da contextualização histórica do livro. Afinal, nada melhor do que um texto com cara de século XIX para um enredo ambientado no século XIX, né? Adorei isso! (Bonas Histórias).
Temos, por exemplo, muitas personagens planas (principalmente a heroína e a vilã), narrador onipresente e onisciente que não fica limitado às ações da protagonista (não tínhamos Teoria Literária nem estudo do Foco Narrativo no século XIX), forte drama sentimental, desfecho trágico, forte maniqueísmo e discurso com pouquíssima oralidade (apesar de uma ou outra tentativa nesse sentido, como o uso do vocábulo “vosmicê”). A sensação é de estarmos mesmo lendo uma narrativa oitocentista (só que com um linguajar contemporâneo). (Bonas Histórias).

Maria Quitéria de Jesus é uma das personagens mais ilustres do século XIX, porém pouco retratada na história do País. A reconstituição de sua história exigiu anos de pesquisa da autora.
Desta imersão nasceu o romance histórico que apresenta a saga de Maria Quitéria de Jesus - a heroína da Guerra da Independência, condecorada por D. Pedro I. Soldada que foi de extrema importância para a libertação do Estado da Bahia do domínio português e para a Independência do Brasil.
A sua vida é retratada por Rosa Symanski com um misto de realidade e ficção, o que enaltece ainda mais o espírito livre e destemido, característica presente em todo relato histórico sobre esta que é considerada por muitos o maior soldado do País.
À frente de seu tempo, quiçá até da contemporaneidade, a sertaneja do Recôncavo Baiano teve uma vida de lutas. Luta para não seguir o destino que lhe era imposto à época; luta para viver um grande amor e fora dos moldes exigidos pela sociedade; e luta à frente do batalhão de mulheres, que só existiu por sua audácia e coragem.
O prefácio é assinado por Gabriella Esmeralda Aquino Silva, licenciada em filosofia, que faz parte da árvore genealógica de Maria Quitéria, e recentemente fez uma expedição em busca de sua história familiar. A ilustração de capa é de Giorgia Massetani.
Trecho da obra:
Vasculhava a própria mente em busca de respostas sobre o que, em qual momento havia sido determinada essa obediência e temor desmedido em relação ao sexo masculino.
Pensou em Maria Rosa como uma vítima também, pois esta jamais poderia agir como o pai, fazendo sexo com os escravos da fazenda, e nas circunstâncias que levaram a tal acontecimento com Chica. Então, refletiu sobre o destino nefasto dos escravos, das mulheres sem livre arbítrio, e do bebê, seu meio-irmão, que agora aproveitava o momento do colo da mãe presente para se entregar sem tréguas à sucção desvairada, indiferente à existência que o esperava. Ao integrar todos os elos da intrincada corrente, Maria Quitéria sentiu-se completamente vulnerável e incapaz de algum gesto para fazer alguma diferença diante de tanto desespero.
Naquele momento e lugar, palavras de consolo soariam vazias e sem sentido.
Livro: Maria Quitéria – a soldada que conquistou o Império
 

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Rosa Maria Pereira Symanski
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