Mix Maná cresce e se consolida como uma das principais fabricantes de biscoitos do Norte

 

O crescimento da empresa impressiona não apenas pelo volume de produção, mas principalmente pela superação de entraves que há décadas limitam o desenvolvimento de indústrias fora dos grandes centros. Em uma região marcada por desafios logísticos severos, a Mix Maná demonstra que é possível competir e prosperar sem estar ligada a grandes redes de distribuição nem contar com campanhas publicitárias de alto orçamento.

 

Fundada por Miriam Mateus e Francisco Carlos, a fábrica nasceu como um negócio familiar, com foco em produtos acessíveis, sabor caseiro e distribuição local. Com o tempo, a produção cresceu, a operação se profissionalizou e a demanda passou a ultrapassar as fronteiras do município. Atualmente, a administração executiva é comandada por Érica Mateus, que lidera as frentes estratégicas e administrativas da empresa. Já a supervisão operacional está a cargo de Esther Ferreira, que atua como peça-chave no gerenciamento diário da fábrica, garantindo produtividade e controle de qualidade.

 

Uma das mudanças significativas no processo de expansão foi a entrada do estrategista Davi Santiago de Souza, o Sr. Davi, jovem empresário e escritor, considerado atualmente o maior mentor mirim do Brasil. Sua atuação tem sido focada em planejamento digital, reposicionamento institucional e expansão estratégica. A presença de Santiago na equipe impulsionou mudanças na comunicação da marca, reformulação de embalagens e maior integração com canais de distribuição regional.

 

A Mix Maná não apenas consolidou sua liderança no Amazonas, como também iniciou sua expansão para o Pará — um dos mercados mais disputados da Região Norte. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Pará, a demanda por produtos alimentícios regionais tem crescido ano após ano, especialmente por marcas que oferecem qualidade aliada a preço competitivo. Nesse cenário, a Mix Maná passou a ocupar espaço em pontos de venda estratégicos, ganhando destaque nas prateleiras paraenses.

 

Segundo levantamento interno da empresa, a taxa de recompra dos produtos já ultrapassa os 70% em algumas regiões, o que aponta não apenas aceitação, mas fidelização do público. Além disso, o aumento da frota de distribuição e a ampliação da linha de produção são indicativos claros de um projeto sólido de crescimento.

 

Para especialistas em economia regional, o caso da Mix Maná é representativo de uma nova fase da indústria no Norte do Brasil. "A empresa conseguiu romper a barreira geográfica sem perder a identidade regional. Isso é raro. O normal é adaptar o produto ao centro-sul; a Mix Maná fez o oposto: manteve sua essência e levou isso a novos mercados", avalia o economista Paulo Mendonça, da Universidade Federal do Pará.

 

A projeção para os próximos anos é de continuidade na expansão regional. Embora ainda não haja confirmação de entrada em estados mais distantes, os sinais dados pela empresa — como a modernização da estrutura logística e o aumento no volume de produção — indicam que novas rotas comerciais estão sendo mapeadas.

 

Com raízes firmes no interior amazonense e olhos voltados para novos horizontes, a Mix Maná vem se consolidando não apenas como uma fabricante de biscoitos, mas como símbolo de resiliência, consistência e competência empresarial no Norte do país.