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A corrida para conquistar a Gen Z e o risco de marcas perderem sua essência

Na contramão da pressa por viralizar com a Gen Z, a Minancora celebra sua trajetória com uma campanha que valoriza a tradição e reforça conexões genuínas

PEDRO SENGER
01/07/2025 08h24 - Atualizado há 1 dia
A corrida para conquistar a Gen Z e o risco de marcas perderem sua essência
Divulgação

Nos últimos anos, a Geração Z se tornou o centro das atenções no mercado de consumo. Jovens nativos digitais, com alto poder de influência nas redes sociais e uma mentalidade que valoriza autenticidade, propósito e experiências, passaram a ditar tendências e redefinir a forma como marcas se comunicam. Essa transformação gerou um movimento acelerado e, muitas vezes, impulsivo por parte de empresas que desejam parecer modernas, conectadas e relevantes diante desse novo público.

No entanto, essa busca incessante por agradar a Gen Z tem gerado um efeito colateral importante: a perda de identidade de muitas marcas. Na tentativa de “falar a língua” dessa geração, empresas tradicionais têm abandonado elementos que sempre fizeram parte da sua essência — da narrativa institucional ao design de produto. Essa ruptura pode acabar afastando públicos fiéis, diluindo posicionamentos consolidados e gerando uma comunicação genérica, pouco autêntica e excessivamente voltada ao viral.

Outro ponto de atenção é a saturação: quando muitas marcas se posicionam de maneira semelhante, buscando os mesmos códigos visuais, memes, gírias e influenciadores, o efeito desejado se perde. A Gen Z, embora conectada, é exigente e identifica com facilidade ações que soam forçadas ou descoladas da verdade da marca. A consequência? Menos engajamento, desconfiança e, por vezes, rejeição.

Diante desse cenário, cresce entre especialistas a defesa de um modelo de comunicação mais equilibrado, que valorize a inovação sem abandonar a trajetória e os valores da empresa. O desafio está em se adaptar ao novo sem se desconectar do que se é.

Um bom exemplo de como esse equilíbrio pode ser alcançado foi visto recentemente na campanha de 110 anos da Minancora, tradicional marca brasileira de cuidados pessoais. Ao invés de tentar se transformar para agradar exclusivamente os jovens, a empresa decidiu reforçar seu legado, ao mesmo tempo em que dialogava com o presente. A campanha trouxe como protagonista Dona Elma, uma influenciadora de 101 anos, representando sabedoria, cuidado e longevidade — pilares que fazem parte da história da marca. Com isso, a ação conseguiu gerar forte engajamento entre públicos diversos, incluindo jovens, sem recorrer a fórmulas superficiais.

Esse tipo de abordagem mostra que é possível criar conexões genuínas com a Geração Z sem renunciar ao que torna uma marca única. Afinal, o que os jovens realmente valorizam não é apenas o tom de voz informal ou a estética de TikTok, mas sim autenticidade, coerência e histórias reais.

No fim das contas, conquistar a Gen Z não é sobre parecer jovem a qualquer custo, mas sobre ser verdadeiro — algo que todas as gerações reconhecem e respeitam.


 

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PEDRO GABRIEL SENGER BRAGA
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