A diversidade nas produções audiovisuais é uma pauta urgente, não apenas na frente das câmeras, mas também nos bastidores. É com esse compromisso que o curta-metragem “Lago dos Afogados”, contemplado pelo Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (PROAC), está sendo realizado com uma equipe composta majoritariamente por profissionais de grupos historicamente marginalizados.
Na direção, produção, roteiro, funções técnicas e elenco, o projeto reúne mulheres cis e pessoas trans, pessoas pretas, indígenas, gordas e com deficiência, refletindo um modelo de produção mais horizontal e conectado com a realidade plural do Brasil.
Segundo o Relatório de Diversidade do Audiovisual Brasileiro, divulgado em 2023 pela ANCINE, apenas 34,7% dos cargos de direção em produções brasileiras foram ocupados por mulheres e menos de 1% por pessoas trans. A presença de pessoas pretas também segue sendo desigual: somente 2% dos longas brasileiros em cartaz nos últimos anos tiveram uma pessoa negra na direção.
Esses números revelam não apenas uma desigualdade de acesso, mas também uma limitação nas narrativas que ganham espaço. Ao ampliar os perfis de quem cria, produz e realiza filmes, ampliam-se também os olhares, vivências e temas que chegam às telas.
Com direção e roteiro de Stefany Taglialatella, “Lago dos Afogados” traz uma narrativa de suspense policial com releitura do mito da Iara, explorando temas como violência de gênero, silenciamento e justiça. A proposta é unir gênero e crítica social em um projeto que respeita a ancestralidade e a diversidade.
A construção do elenco e da equipe segue esse mesmo princípio: mais do que preencher cotas, o projeto acredita na potência de olhares diversos para enriquecer a estética e o discurso do filme.
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VITORIA ROMAO GONZALES
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