A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou, em julho de 2025, a atualização dos pisos mínimos de frete do transporte rodoviário de cargas. O reajuste considera a variação do IPCA e os novos preços médios do óleo diesel, com o objetivo de refletir os custos operacionais do setor e assegurar previsibilidade nas negociações.
A medida afeta diretamente transportadoras e embarcadores, uma vez que os novos valores passam a servir como referência obrigatória para a contratação do serviço de transporte de cargas. A revisão periódica está prevista na legislação vigente e visa equilibrar as condições entre prestadores e contratantes.
“Para uma transportadora como a nossa, que atua em São Paulo, essa atualização exige ajustes imediatos. É importante que os clientes entendam que o reajuste está alinhado com a realidade dos custos operacionais, especialmente o diesel, que tem forte impacto na planilha de despesas”, explica Everaldo Correia, sócio proprietário da SegBem, transportadora na Zona Leste.
Os novos pisos afetam diferentes tipos de carga e modalidades de transporte, como granel sólido, carga geral, frigorificada e perigosa. Com isso, empresas que contratam fretes regulares precisarão revisar contratos e cotações, especialmente em operações interestaduais e de longa distância.
A mudança também exige atenção por parte dos setores que mais dependem da logística rodoviária, como o varejo, o agronegócio, a indústria e o e-commerce. Para manter a previsibilidade orçamentária, muitas dessas empresas devem recalcular seus custos logísticos com base nas novas faixas de preços.
Transportadoras de médio porte, especialmente em regiões densamente urbanizadas como na cidade de São Paulo, devem reforçar a comunicação com seus clientes. A apresentação de cálculos detalhados e a negociação transparente tornam-se fundamentais nesse momento de ajuste.
A ANTT disponibilizou a nova tabela no portal oficial da agência, com detalhamento por tipo de operação e distância percorrida. A atualização já está em vigor, e o não cumprimento dos valores mínimos pode resultar em penalidades administrativas previstas pela regulamentação.
A expectativa do setor é que a medida contribua para maior equilíbrio nas relações comerciais e traga segurança jurídica tanto para a transportadora quanto para os contratantes. A adaptação às novas condições pode representar um desafio inicial, mas também uma oportunidade para rever práticas logísticas e ampliar a eficiência operacional.
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