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Mais de dois terços dos creators brasileiros trabalhariam só com isso — se tivessem estabilidade e oportunidade

Nova edição da pesquisa Creator POV, da BrandLovers, mostra que criadores de conteúdo desejam transformar a paixão por criar em uma profissão principal. Mas, para isso, ainda buscam mais estrutura, oportunidades e previsibilidade — fatores essenciais para que o setor evolua de vez para uma nova etapa de profissionalização

GABRIELA CARDOSO
18/08/2025 16h10 - Atualizado há 1 dia
Mais de dois terços dos creators brasileiros trabalhariam só com isso — se tivessem estabilidade e
Divulgação

A Creator Economy segue crescendo, atrai investimentos e ocupa papel cada vez mais estratégico nas ações de marketing de marcas que buscam conexões reais com suas audiências. Mas, para que esse ecossistema avance com consistência, é preciso entender o que falta para que mais creators consigam fazer desse trabalho uma ocupação principal e sustentável.

Segundo a edição de 2025 da pesquisa Creator POV, a maior já realizada sobre creators no Brasil e feita com mais de 5 mil criadores de conteúdo em todo o país, 67,5% dos respondentes afirmam que gostariam de se dedicar exclusivamente à criação de conteúdo — desde que tivessem mais estabilidade financeira e oportunidades consistentes. Hoje, apenas 37,1% afirmam que essa é sua principal fonte de renda. A maioria (54%) atua como creator de forma complementar, e 8,9% criam por hobby.

Essa falta de estrutura impacta o crescimento do setor. Só 5,3% dos creators dizem que sua renda atual permite bancar as contas, garantir estabilidade e seguir criando com tranquilidade. Para as marcas, o dado acende um alerta: se a base da Creator Economy não conseguir se manter ativa, qual será a escala e a qualidade das entregas nos próximos anos?

“Hoje, existe talento de sobra e marcas dispostas a investir, mas o mercado ainda não consegue conectar esses dois lados de forma estruturada. A BrandLovers nasceu para transformar esse potencial em resultado, criando um ecossistema saudável onde creators podem trabalhar com estabilidade e as marcas conseguem escala e impacto real”, afirma Rapha Avellar, CEO e fundador da BrandLovers.

Falta estrutura, não vontade

Além da questão financeira, a relação dos creators com as plataformas digitais também exige atenção. A pressão para performar, adaptar formatos e estar sempre visível cobra um preço: 67% dos respondentes apontam que lidar com os algoritmos é um dos maiores desafios da profissão, afetando diretamente o alcance, engajamento e previsibilidade das entregas.

Outro dado que chama a atenção é de que 64,7% dizem sentir que precisam estar sempre online para não perder relevância ou oportunidades — o que interfere no descanso, nas pausas e no planejamento. Para 11,9%, a necessidade de diversificar formatos também aparece como uma dor.

Apesar desses desafios, os creators demonstram clareza sobre o que precisam para seguir criando com qualidade: parcerias com marcas alinhadas ao seu perfil (73,7%), liberdade criativa (60,3%), previsibilidade de ganhos (59,6%) e tempo para criar com calma (45,5%) são os fatores mais citados como essenciais para o bem-estar profissional.

“Para mudar essa realidade, é preciso ir além do discurso de valorização e construir relações mais humanas e sustentáveis com esses profissionais,” reforça Avellar. “Isso passa por remuneração justa, tempo de produção adequado e respeito ao estilo de quem realmente conhece o seu público”.

Não é só sobre grandes contratos

A Creator POV também revela o que pesa, de fato, na hora de fechar uma parceria. E os dados mostram que o valor do cachê é importante, mas não é tudo:

O que mais pesa na decisão de um creator na hora de fechar uma parceria?

1º lugar: Qualidade dos produtos ou serviços
57,8% dos respondentes

2º lugar: Relevância para o seu público
52%

3º lugar: Remuneração justa
44,9%

4º lugar: Afinidade com os valores da marca
41,1%

5º lugar: Reputação da marca
36%

6º lugar: Liberdade criativa para produzir o conteúdo
32,3%

7º lugar: Já ter tido uma boa experiência com a marca
16,5%

O dado é especialmente relevante para marcas que ainda abordam creators com propostas pouco alinhadas ao seu perfil ou à sua audiência. A qualidade do que será promovido — e o quanto isso faz sentido para a comunidade daquele criador — é fator determinante entre uma publi que funciona e uma que passa batido.

"Entender o que move os creators é o primeiro passo para que marcas invistam de forma inteligente. É por isso que criamos o Creator POV: para gerar dados e insights que mostrem quem são esses profissionais, o que eles valorizam e como construir parcerias que funcionam para os dois lados”, conclui Avellar.

Um ecossistema diverso e em amadurecimento

Apesar de algumas predominâncias — como o fato de que 90% dos respondentes se identificam como mulheres e 56% estão entre 28 e 43 anos — o ecossistema criativo brasileiro é plural em perfis, temas e formas de atuação.

Há representatividade racial (41,8% dos respondentes se identificam como pessoas negras — somando pretos e pardos), diversidade de orientação sexual, amplo espectro de escolaridade e uma gama variada de assuntos abordados. Os três principais nichos dos criadores de conteúdo no Brasil são:

  • Beleza (76,9%)
  • Lifestyle (74,7%)
  • ​​​​​​​Moda (54,6%)

Outros temas também ganham destaque: saúde e bem-estar (31,9%), fitness e esportes (30,4%), comida e bebida (18,7%), viagem (15,2%), cultura e entretenimento (14,9%), maternidade/paternidade (14,3%) e pets (6,2%).

Esses dados ajudam as marcas a segmentar suas estratégias, entender quais universos estão mais saturados — e onde ainda há espaço para se destacar com campanhas bem pensadas, bem pagas e com criadores que realmente acreditam no que estão promovendo. A pesquisa completa está disponível neste link.


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GABRIELA CARDOSO DO NASCIMENTO
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