Santos é alvo antigo do grupo, contou em entrevista ao jornal Extra. As agressões começaram há cerca de um ano. Ele passou a ser estigmatizado porque adora músicas jamaicanas e tem tatuado no braço o símbolo de uma gravadora daquele país. No sábado, ele foi atacado com socos por dois homens enquanto distribuía currículos pelo Centro da cidade. Conseguiu pedir ajuda a guardas municipais, que encontraram os suspeitos em um veículo preto nas proximidades, junto aos outros três integrantes do bando. Com eles, foram encontrados um soco inglês, duas facas, um bastão e bandeiras e panfletos com o símbolo nazista.
Caio Souza Prado, de 23 anos, Carlos Luiz Bastos, de 33, Davi Oliveira de Moraes, de 31, Philipe Ferreira, de 21, e Thiago Dias Borges, de 28, foram presos e encaminhados ao Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio. Eles responderão por lesão corporal, formação de quadrilha e corrupção de menores (um adolescente de 15 anos estava com eles), além de intolerância de cor, raça, etnia, religião e origem, e fabricação, comercialização ou veiculação de símbolos que utilizem a suástica para divulgação do nazismo.
Santos teme, agora, amigos e cúmplices do grupo que possam querer se vingar. E pensa em deixar Niterói. “Estou com medo de sair de casa”, diz.