No mês de prevenção ao câncer de pele, o autoexame assume um papel fundamental no diagnóstico precoce da doença. De acordo com a dermatologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Márcia Grieco, alguns sinais do corpo auxiliam na detecção do problema.
"Nos casos de melanomas, que são os mais agressivos e podem desenvolver metástases, é preciso ficar atento às condições das pintas. Sinais como assimetria, bordas irregulares, cor não homogênea, diâmetro maior que cinco milímetros e evolução com mudança no aspecto são um alerta", explica a médica.
Os casos mais comuns são denominados como não melanomas. Nesta categoria estão o carcinoma basocelular, que representa 70% dos casos, e o espinocelular (25%). Para estes tipos, as mudanças no corpo também devem ser motivo de atenção.
"Ambos se apresentam como feridas ou crostas vermelhas que nunca melhoram, sendo mais frequentes em indivíduos com pele clara, que tiveram exposição crônica e prolongada ao sol, em áreas como face, orelhas, colo, antebraço e mãos", alerta a médica.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que o câncer de pele é o mais frequente no Brasil, representando 30% de todos os tumores malignos registrados. Para este ano, estima-se que 85.170 homens e 80.140 mulheres serão detectados com o câncer de pele não melanoma.
A prevenção da doença está diretamente ligada aos cuidados com a exposição solar. Entre as recomendações estão o uso rotineiro e diário de filtros nas áreas expostas, além de evitar o horário de sol forte no período de 10h00 às 16h00.
Márcia Grieco ainda reforça outros cuidados. "É preciso usar peças que auxiliem nessa proteção, como bonés, viseiras e roupas com FPS 50, sem esquecer-se das consultas periódicas ao dermatologista", finaliza.
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