De acordo com os resultados do estudo, exercícios podem abaixar a pressão arterial diastólica, o que representa o maior valor da pressão arterial durante a aferição — para a pesquisa, foram consideradas "altas" pressões diastólicas acima de 140mm Hg.
A pesquisa foi feita ao utilizar dados de 39.742 pessoas em 194 análises envolvendo o impacto de medicamentos na redução da pressão arterial e 197 sobre a consequência de exercícios bem estruturados nesse mesmo problema. Apesar disso, nenhuma análise direta entre medicamentos e exercícios físicos foi feita, alertam os pesquisadores.
Os tipos de exercício foram classificados em diferentes grupos, que envolviam desde corrida até natação e ciclismo. Cada um desses grupos foi comparado em três tipos de cenários: todos os tipos de exercício comparados com todos os tipos de medicamentos contra a pressão alta; diferentes tipos de exercício comparados com diferentes tipos de medicamentos; diferentes intensidades de exercícios comparados com diferentes doses de remédios. Essas análises foram repetidas em grupos de participantes com alta pressão arterial.
De acordo com os resultados, quando as comparações foram feitas com pessoas sem pressão alta, os medicamentos foram mais eficazes que um esquema regrado de exercícios. Quando o mesmo foi feito com participantes comhipertensãol, no entanto, exercícios físicos foram tão eficientes quanto a utilização de remédios. Além disso, os resultados mostraram que a eficácia das atividades físicas eram ainda maiores conforme a pressão arterial fosse maior. Ainda de acordo com o estudo, foi possível verificar que a combinação de exercícios dinâmicos e de resistência são os mais eficazes em baixar a pressão arterial.
Análises entre 2006 e 2016 afirmam que o número de pessoas tomando esse tipo de medicamento subiu 50% no Reino Unido, e que essa tendência não deve diminuir nos próximos anos, alerta também o estudo. Ainda que a eficácia dos exercícios físicos tenha sido verificada nos cenários analisados, os pesquisadores responsáveis afirmam que isso não deve ser um motivo para interromper o uso de medicamentos para esse problema. Além disso, várias pessoas que têm pressão alta têm uma idade avançada e não são capazes ou não se sentem bem fazendo exercícios.
— Não achamos, com base em nosso estudo, que os pacientes devem parar de tomar seus medicamentos para hipertensão, mas esperamos que nossas descobertas possam influenciar discussões baseadas em evidências entre médicos e seus pacientes — afirmou o principal autor do estudo, Dr. Huseyin Naci, do Departamento de Política de Saúde da London School of Economics and Political Science.