No combate à criminalidade, policiais rodoviários federais durante fiscalização de enfrentamento às fraudes veiculares recuperaram três veículos, em trechos dos municípios de Capim Grosso e Jequié na Bahia.
A primeira ocorrência foi registrada às 22h39 de segunda-feira (25) durante abordagem pelos policiais no KM 355 da BR 324, quando foi dada ordem de parada a um caminhão VW/24.280, conduzido por um homem de 31 anos.
Durante a fiscalização de identificação veicular, foram encontradas adulterações no veículo. Os agentes descobriram que o veículo original foi furtado em junho/2013, na cidade de Paulínia (SP).
Para não levantar suspeitas, as placas originais do caminhão foram trocadas por outras “clonadas” com características semelhantes.
Questionado, o condutor informou desconhecer a irregularidade e que apenas é funcionário da empresa.
O veículo apreendido e o motorista foram apresentados na Delegacia de Polícia Civil.
Já no município de Jequié, região sudoeste da Bahia, no KM 677 da BR 116, uma equipe da PRF recuperou dois veículos que apresentavam sinais de adulterações, crime previsto no artigo 311 do Código Penal.
O primeiro veículo SCANIA/G380 foi abordado às 20h56min e após inspeção detalhada foram constatados indícios suspeitos de adulteração nos elementos identificadores do Semi-reboque atrelado ao caminhão.
O condutor, um homem de 33 anos, disse desconhecer às irregularidades no veículo. Que trabalha na empresa há 09 meses e que foi designado para realizar o transporte da carga do estado do Paraná até o Rio Grande do Norte.
Já na madrugada de terça-feira (26), foi dada ordem de parada a um caminhão M.BENZ/Atron 2324, que também apresentava sinais de adulteração.
Questionado, o motorista de 28 anos, afirmou desconhecer a ilicitude e informou que adquiriu o veículo por meio de comércio eletrônico na internet. Ainda disse que pagou o valor de 140.000 reais, sendo 65.000 à vista e o restante parcelado.
As ocorrências foram apresentadas à autoridade policial de plantão na Delegacia de Polícia Civil em Jequié (BA).
O crime de fraudes veiculares resulta em múltiplas vítimas e está dividido em três fases distintas: o roubo, a adulteração e a revenda.
Na primeira fase temos claramente identificada a primeira vítima, que é a pessoa que teve seu veículo furtado ou roubado e, neste último caso, frequentemente com o uso de violência por parte dos criminosos.
Na segunda fase, a adulteração, os criminosos trocam a identificação do veículo e seus documentos para que pareça ser um veículo regular, também conhecida como clonagem. Neste momento o veículo recebe placas de outro veículo idêntico e o proprietário desse veículo, que se encontra em situação regular, torna-se a segunda vítima dos criminosos pois passa, muitas vezes, a receber multas de trânsito por infrações relacionadas ao veículo clonado.
A terceira e última fase é a revenda, alimentada pelo comércio ilegal desses veículos clonados, muitas vezes negociados em sites na internet por valores inferiores ao preço real do veículo. Nesta terceira fase do crime temos a terceira vítima em potencial, o comprador que, inadvertidamente, passa a ter a posse do veículo clonado.