A garota de sete anos que morreu de dengue na última segunda-feira (3) foi diagnosticada com dengue hemorrágica, tipo mais grave da doença, pelo Hospital Martagão Gesteira, em Salvador. A informação foi divulgada pela unidade médica nesta quarta-feira (5). Melissa Freire morava em Jacobina, no norte da Bahia.
Segundo informações do Martagão Gesteira, Melissa Freire foi atendida, inicialmente, no Hospital Municipal de Jacobina, no domingo (2), local onde foi diagnosticada com dengue, após apresentar sintomas como vômito, febre e desidratação.
No dia seguinte, a garota foi encaminhada para o Hospital Martagão Gesteira, que fica em Salvador, onde o quadro de saúde se agravou e foi constatado a dengue hemorrágica. A unidade médica informou que não existe um exame que comprove o tipo da doença e que os médicos diagnosticam de acordo com o quadro de saúde do paciente. Melissa teve disfunção de múltiplos órgãos.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), até 31 de maio, a Bahia teve 11 mortes provocadas pela dengue. Um caso foi registrado em Candeias, sete em Feira de Santana, dois em Salvador e um em Saubara. A morte de Melissa Freire ainda não foi contabilizada pela Sesab.
Além disso, foram registrados duas mortes por chikungunya em Feira de Santana.
Segundo a Sesab, a Bahia teve um aumento de mais de 25 mil notificações de dengue em menos de um mês.
De acordo com os dados da secretaria, até março, foram registradas 5 mil notificações em todo o estado. Já em 14 de maio, o número passou para 22 mil, e, no dia 31 do mesmo mês, foram quase 32 mil casos. São quase 211 ocorrências por dia.
Conforme a Sesab, das 11 mortes provocadas pela dengue, sete ocorreram em Feira de Santana, cidade a cerca de 100 km de Salvador. Uma delas, de uma garotinha de 5 anos.
De acordo com dados do primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2019, do Ministério da Saúde, a Bahia tem 104 cidades, entre elas Salvador, em situação de risco de surto de dengue, zika e chikungunya.
O estudo separa as cidades por nível de risco, alerta e satisfatório. Confira lista dos municípios no site do Ministério da Saúde.
O resultado da pesquisa deste ano representa um aumento em relação ao estudo divulgado em dezembro de 2018. Na época, apenas 69 cidades baianas tinham risco de surto das doenças - 35 municípios a menos.