Os Estados Unidos incluiu Cuba na “lista negra” de tráfico de pessoas e diz que os participantes do programa Mais Médicos são explorados. O relatório afirma que Cuba não tomou medidas contras denúncias de exploração no programa internacional. O relatório foi apresentado na quinta-feira (20) pelo governo norte-americano. O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, diz que o governo cubano "não criminalizou todas as formas de trabalho forçado ou tráfico sexual de jovens de 16 e 17 anos".
O documento diz que Cuba se retirou do programa no Brasil após um pedido do presidente Jair Bolsonaro para "melhorar o tratamento e as condições de emprego dos profissionais de saúde cubanos depois de denúncias de coerção, não pagamento de salários, retenção de passaportes e restrições no movimento". O relatório afirma que o trabalho desenvolvido pelos médicos era forçado e que o governo cubano ameaçava e coagia alguns dos participantes a permanecerem no programa.
Bolsonaro disse que "Cuba fica com a maior parte do salário dos médicos cubanos e restringe a liberdade desses profissionais e de seus familiares". "Eles estão se retirando do Mais Médicos por não aceitarem rever esta situação absurda que viola direitos humanos. Lamentável!", escreveu no Twitter, na ocasião. O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, respondeu pelo Twitter: "Isto é o que as ideias conservadoras que imperam nos EUA confundem com tráfico de pessoas. Denunciamos esta acusação imoral, mentirosa e perversa".
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