Quer ver um gosto presente na memória afetiva de quem viveu a sua infância no interior da Bahia? Licuri, o bom e velho “coquinho”.
O tempo passou, e apesar de sofrer ameaça de extinção, o licuri fez história. Evoluiu, expandiu-se em muitas possibilidades e desdobrou-se em produtos derivados. De sua amêndoa extraiu-se delicado azeite e delicioso leite, que substitui com mérito o leite de coco da muqueca, além de sua pecaminosa versão de leite condensado; do seu casamento com o mel de sua própria abelha polinizadora, nasceu delicioso creme para o recheio de finos beijus. E foram tantos casamentos! Com aipim, umbu, milho e rapadura. E foram tantas versões! Granoli, paçoca, licor, geladinho. Ah! E vejam só, apeteceu até mesmo respeitados chefs que criaram sofisticados pratos com o licuri, que acabou viajando para outras plagas cosmopolitas.
Por trás de toda essa história, mulheres dos territórios baianos de Piemonte da Diamantina e Bacia do Jacuípe. Ou melhor, gerações de mulheres extrativistas e quebradeiras de licuri, uma forte tradição e também fonte de renda. Mulheres que criaram técnicas e receitas com licuri, agora compartilhadas com todos.
Preservação
O evento tem também o objetivo de estimular a preservação e replantio dos licurizeiros. Em Serrolândia, o Vereador Gi de Zeza foi o autor da Lei nº 409/2010 que torna o Licuri a árvore símbolo da cidade, e na mesma lei cria mecanismos para sua preservação. Conquista que reafirma a festa do licuri como um espaço de discussão e construções de políticas públicas que fortalece a agricultura familiar no Semiárido”.
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