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27/08/2019 às 09h19min - Atualizada em 27/08/2019 às 09h19min

Vigilância epidemiológica de Serrolândia em alerta contra o surto de Sarampo



Aconteceu durante o dia 26 de agosto de 2019, no auditório da Câmara de Vereadores de Serrolândia, uma reunião estratégica para definir as condutas de prevenção contra uma epidemia de sarampo.

Estiveram presentes a coordenação da vigilância epidemiológica, coordenação da atenção básica, enfermeiros, médicos, vacinadores e agentes comunitários de saúde, profissionais da atenção básica e da rede hospitalar.



 

Surto de sarampo alerta para importância da vacinação

O sarampo é uma doença infecciosa aguda grave, de natureza viral, propagada por pequenas gotículas expelidas através da fala, da tosse e do espirro. Pode ser transmitida facilmente, podendo ser contraída por pessoas de qualquer idade. A vacinação é a única maneira de se prevenir.

Prevenção:

O Ministério da Saúde recomenda a vacinação de rotina contra o sarampo para todas as crianças a partir dos 12 meses. Na rede pública, ela é dividida em duas doses: a primeira aos 12 meses, com a vacina tríplice viral (sarampo-caxumba-rubéola), e a segunda aos 15 meses, com a tetraviral (sarampo-caxumba-rubéola-varicela). Dos cinco até os 29 anos, são indicadas duas doses, com intervalo de 30 dias. Já dos 30 até os 49 anos, uma dose é suficiente.

Na rede privada, conforme a Sociedade Brasileira de imunizações (SBIm), a vacinação de rotina deve ocorrer a partir dos 12 meses, com duas doses de tetraviral ou tríplice viral aos 12 e aos 15 meses de idade. Do ponto de vista de proteção individual, adolescentes e adultos também precisam fazer as duas doses. Caso o idoso não tenha sido exposto ao vírus, por infecção ou vacinação no passado, ele estará desprotegido e se beneficiaria com a imunização.

Apenas em situações de risco, como viagens para regiões que enfrentam surtos ou epidemias, a imunização deve ser iniciada aos 6 meses de idade, sendo necessário seguir o calendário de rotina com mais duas doses aos 12 e 15 meses. O Dr. Paulo explica que a criança que receber a dose adiantada antes dos 12 meses necessita ainda as duas doses de rotina, a partir dos 12 meses.

Em Porto Alegre, na rede pública, a Campanha de Vacinação Contra Sarampo e Poliomielite acontecerá entre os dias 6 a 31 de agosto deste ano. A campanha atual é dirigida somente ao público de crianças entre 12 meses e 4 anos de idade. As orientações para as demais faixas etárias é de estar em dia com o calendário de vacinação. Conforme o Dr. Paulo, adultos que já receberam duas doses válidas e possuem o registro da vacina recebida estão em dia e não precisam repetir.

Contraindicações:

  • Menores de 6 meses de idade.
  • Pacientes imunodeprimidos.
  • Gestantes.
  • Recomenda-se que a mulher espere 30 dias após a vacina para engravidar, devendo fazer uso de métodos contraceptivos neste período.
  • Pacientes que irão fazer uso de drogas imunossupressoras devem aguardar 30 dias após a vacinação para início do tratamento. Já aqueles que estão fazendo uso de drogas imunossupressoras não podem receber a vacina e devem discutir com o seu médico o período indicado.
  • Indivíduos alérgicos a qualquer componente da vacina, inclusive o ovo, devem discutir o caso com o seu médico.

Transmissão:

A transmissão ocorre entre quatro e seis dias antes e após o aparecimento do exantema (lesões cutâneas). Segundo o Ministério da Saúde, 90% das pessoas contraem a doença ao entrar em contato com alguém contaminado, objetos reutilizados e/ou secreções. A doença dá imunidade definitiva, não sendo necessário tomar a vacina.

Sintomas:

Uma vez realizado o contágio, o período de incubação é de 10 dias (7 a 18) até o aparecimento dos primeiros sintomas. Poucos dias após a contaminação, iniciam-se as lesões de pele, geralmente localizadas no tronco. Tosse, coriza, vermelhidão nos olhos e febre também estão entre os sintomas da doença.

Tratamento:

Não existe tratamento específico para o sarampo. Recomenda-se a administração da vitamina A em crianças, com o objetivo de impedir o agravamento da doença para um quadro fatal.

Fonte:  Dr. PAULO GEWEHR FILHO, INFECTOLOGISTA, COORDENADOR DA UNIDADE DE VACINAS. CRM 29512.

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