O Hospital Municipal de Biritinga, na região sisaleira da Bahia, usou um copo descartável como máscara de oxigênio, para auxiliar na reanimação de uma bebê que nasceu sem os sinais vitais.
“Dei entrada no hospital às 20h30 do dia 3, mas o parto só ocorreu 1h do dia 4 de outubro. O médico fez o toque pela primeira vez e não conseguiu ver um desvio que eu tenho. Pouco tempo depois, ele fez outro toque, quando estourou minha bolsa. Ele então começou o parto. Nesse momento, eu comecei a fazer forças para ter a neném, quando ele percebeu que eu tinha o desvio. Não tinha abertura ideal para ter minha filha de forma natural”, contou.
Por conta disso, o parto demorou muito, e a menina nasceu sem sinais vitais. Ainda de acordo com a mãe da criança, o uso do copo ocorreu depois de outras tentativas de reanimação.
“Minha filha nasceu sem sinais vitais e falta de oxigênio. Foi ali aqui que começou o processo para reanimar minha filha. Primeiro, eles fizeram a massagem, massageou o coração para ver se vinha os batimentos, e ela deu um chorinho. Mas, foi identificado que ela não tinha oxigênio suficiente. Eles procuram a máscara, mas estava em falta – eu ouvi dizer isso. Foi ai que eles usaram o copinho. Foi tudo muito rápido, não sei explicar muito”, pontuou.
“A gente tem a máscara, mas tinha sido usada antes. A gente só tem uma e estava suja. Pelo fato da gente não ter a demanda, a gente não comprou mais de uma. Neonatal, a gente só tem uma. A ideia de usar o copo partiu das técnicas e também do médico. Na tentativa de ajudar, eles pegaram um tubo, fizeram um furo no copo. Serviu como a máscara. Eles anexaram o oxigênio no copo”, disse a Secretaria.
Após o caso, a mãe da criança contou que ela teve muito medo, mas que, depois do ocorrido, agradece à equipe médica.
“Eu fiquei com medo. Minha filha nasceu praticamente morta. Na hora que eles colocaram o copinho, eu não vi direito, minha acompanhante que viu tudo. Apesar do susto, eu agradeço muito a eles. Deus em primeiro lugar, e ele [o médico] em seguida. O nome dela era Emanuele, mas depois desse acontecimento, na hora do parto, ele chamou ela de Vitória, e nós então colocamos Emanuele Vitória”.
Por meio de nota, o Hospital Municipal de Biritinga informou que, durante o parto normal, o recém-nascido não chorou ao nascer, apresentando um quadro de lentidão, face roxa, redução de oxigenação e da circulação sanguínea. [Veja nota completa abaixo]