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04/04/2020 às 18h24min - Atualizada em 04/04/2020 às 18h24min

Adab regulamenta procedimentos para abate de jumentos na Bahia

Preservação da espécie é garantida quando fica proibido abate das fêmeas no terço final da gestação, de animais com peso inferior a 90 kg e na limitação de 40% do abate das fêmeas por lote.



A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) regulamentou os procedimentos para o trânsito e o abate de jumentos na Bahia.

Segundo informações da Adab, a preservação da espécie é garantida quando fica proibido o abate das fêmeas no terço final da gestação, o abate dos animais com peso inferior a 90 kg e na limitação de 40% do abate de fêmeas por lote.

De acordo com a agência, o bem-estar do jumentos é garantido pelas propriedades de triagem e criação, com responsável técnico, vinculado ao frigorífico e com capacidade de recepção e manutenção dos animais dentro das normas técnicas de bem-estar animal.

As propriedades serão previamente cadastradas e fiscalizadas pelos técnicos da Adab. As empresas deverão ter estrutura de curral, cercas de divisas, bebedouros e alimentação suficiente para os jumentos.

A Adab informou que, inicialmente, os animais serão abatidos pelo frigorífico da cidade de Amargosa, único no mundo credenciado pelo governo chinês para o abate de jumentos. A carne é utilizada para consumo humano e a pele é procurada pela indústria farmacêutica e de cosméticos.

Os procedimentos foram regularizados no dia 17 de março. Em setembro do ano passado, o Tribunal Regional Federal (TRF) suspendeu a liminar da Justiça Federal que proibia os frigoríficos de abater jumentos na Bahia.

A ação estava em vigor desde dezembro do ano passado e atendia ao pedido de grupos defensores dos animais que denunciaram maus-tratos em um frigorífico da cidade de Itapetinga, sudoeste da Bahia.

Animais mortos

Fazenda foi interditada  — Foto: Reprodução/TV Sudoeste

Fazenda foi interditada — Foto: Reprodução/TV Sudoeste


Fazenda foi interditada — Foto: Reprodução/TV Sudoeste

A fazenda de criação de jumentos onde os 200 animais morreram por maus-tratos foi interditada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente no início deste mês.

O local é investigado pela Polícia Civil e Ministério Público Estadual (MP-BA). A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia também atua no caso.

Com a interdição, a empresa foi impedida de levar novos jumentos para a fazenda. Apenas os que já estavam no local seguiram no processo de abate, até dezembro do ano passado.

O Frigorífico Sudoeste, responsável por abater os animais, se comprometeu a suspender a operação até que a empresa chinesa resolva as irregularidades.

A reportagem tentou falar com a empresa responsável pelos jumentos, mas não conseguiu contato até a publicação da reportagem.

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