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20/07/2020 às 16h38min - Atualizada em 20/07/2020 às 20h33min

Covid-19: impactos na saúde mental também preocupam especialistas

Rotina saudável e nootrópicos são a resposta para a resiliência mental.

DINO
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Doenças mentais


O "impacto da pandemia na saúde mental das pessoas já é extremamente preocupante”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS). “O isolamento social, o medo de contágio e a perda de membros da família são agravados pelo sofrimento causado pela perda de renda e, muitas vezes, de emprego.”

Antes de decretar a pandemia, a OMS já classificava toda a situação como uma infodemia. Em outras palavras, a abundância de vídeos, textos, gráficos, ilustrações e áudios, sejam eles verdadeiros ou fakes, dificulta o entendimento das orientações e gera uma crise de confiança entre a população. Das duas, uma: ou o indivíduo fica totalmente paranoico ou passa a duvidar de tudo que brota na tela do celular.

Caso a Covid-19 siga a mesma trilha do que aconteceu em 2002/2003, durante a pandemia de Sars (síndrome aguda respiratória grave), a tendência é que haja uma avalanche de doenças psiquiátricas nos próximos meses. Há 17 anos, houve um aumento de 30% nos casos de depressão, ansiedade e estresse pós-traumático entre os indivíduos que ficaram em quarentena na China, o país mais atingido pela doença na época. Os dados são de pesquisadores do King’s College London, na Inglaterra, e foram publicados no periódico científico The Lancet recentemente. 

Os efeitos da Covid-19 na saúde mental

Uma coisa é certa, a Covid-19 é uma doença que requer atenção e cuidados diretos, principalmente para as pessoas do grupo de risco, porém indiretamente, ela pode ascender muito mais efeitos colaterais. 

Primeiro, por conta do confinamento em casa. Um estudo da Universidade Brigham Young, nos Estados Unidos, estima que a falta de contatos sociais traz riscos à saúde comparáveis a fumar 15 cigarros por dia e chega a ser duas vezes mais danosa que a obesidade. Um aumento no consumo de álcool é outra área de preocupação dos especialistas em saúde mental. Estatísticas do Canadá relatam que 20% das pessoas de 15 a 49 anos aumentaram seu consumo de álcool durante a pandemia. Afinal, trata-se de uma doença em que não há perspectiva de vacinas ou remédios com capacidade de cura para os próximos meses. 

O segundo efeito é a crise econômica mundial que vem chegando. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o mundo entrará na maior crise desde 1929, ano em que ocorreu a quebra da bolsa de valores de Nova York, nos Estados Unidos. 

E uma coisa acaba levando a outras, mais graves. O colapso econômico que acometeu a Europa a partir de 2008 afetou a saúde mental da população. Nesse período, houve um aumento significativo das taxas de suicídio no continente.

O terceiro efeito é a pressão cotidiana na vida das pessoas como por exemplo a tripla jornada entre as mulheres, que ficam responsáveis por cuidar de vários quesitos do lar, da família estando ainda em home-office. Na China, o primeiro epicentro do coronavírus, alguns cartórios registraram um aumento nos pedidos de divórcio quando a vida começou a voltar ao normal. Nas províncias de Shaanxi e Sichuan, por exemplo, houve um recorde nos índices de separação a partir das últimas semanas de março, de acordo com informações do jornal chinês The Global Times.  Ainda na China, durante a pandemia, os profissionais de saúde relataram altas taxas de depressão (50%), ansiedade (45%) e insônia (34%) e, no Canadá, 47% dos profissionais de saúde relataram a necessidade de suporte psicológico. Dados do Núcleo de Gênero e do Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público de São Paulo revelam que casos de agressões aumentaram 30% em março de 2020, quando o isolamento social foi iniciado.

Esse compilado de informações é assustador, mas existem soluções para minimizar tudo isso.  Quando as pessoas estão em casa, elas tendem a atrasar os compromissos diários: acordam, almoçam, jantam e voltam a dormir cada vez mais tarde. Segundo Bruno Motti, empreendedor mineiro que possui negócios na África e Ásia, “Precisamos manter uma regularidade nos horários durante todos os dias da semana, especialmente neste período de quarentena, isso trará mais produtividade. Aproveite as coisas simples da vida, ela está no sorriso e aconchego de entes queridos e conversas com amigos, a verdadeira felicidade sempre estará em momentos assim.” 

O que fazer

Tenha o hábito de tomar sol todos os dias, faça disso um ritual. Reserve alguns minutos da manhã, antes das 11 horas, para relaxar na varanda, no quintal ou na janela. Esse banho de luz estimula a liberação de serotonina, substância que, entre os neurônios, produz a sensação de bem-estar, auxiliando na performance das tratativas do dia.

Manter uma rotina de exercícios físicos é outra via para garantir o equilíbrio da química cerebral, ela auxilia a extravasar toda a energia acumulada no corpo. A ingestão de vitaminas também auxilia muito para um melhor equilíbrio do corpo e da mente, através de frutas, verduras ou suplementos. 

Existem também suplementos para o cérebro que auxiliam na resiliência mental, eles trazem uma melhoria cognitiva, no foco, na memória, no raciocínio e consequentemente na produtividade diária. O nome desses suplementos são os Nootrópicos, pílulas naturais que estimulam a performance cerebral e não possuem efeitos colaterais. A maioria dos nootrópicos são importados, mas recentemente no Brasil foram lançadas algumas fórmulas condizentes com as diretrizes da Anvisa. “O Gobrain Brasil é o suplemento que chega mais perto das formulações de fora e traz uma comunicação mais atenta a nossa saúde mental”, diz Bruno Motti CEO da Gobrain Brasil - www.gobrainbrasil.com.br. 

Ele ainda afirma: "Uma coisa é certa, em tempos de pandemia agradeça pelas coisas simples da vida e valorize quem está contigo nessa, nós só descobrimos o quão forte nós somos quando ser forte é nossa única escolha; portanto procure ter um mindset equilibrado, pois sua mente que irá lhe guiar por toda essa crise." 

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