De acordo com dados disponibilizados pelo relatório “Atlas Esgotos: Despoluição de Bacias Hidrográficas”, divulgado pela ANA (Agência Nacional de Águas) e pelo Ministério das Cidades, 45% da população brasileira ainda não tem acesso ao serviço adequado de esgoto. O dado preocupa, uma vez que o contato direto com resíduos pode ser bastante prejudicial.
Ao considerar o que seria tido como “cenário adequado” - de acordo com definições dadas pelo Planasab (Plano Nacional de Saneamento Básico), é importante destacar que o Brasil ainda se encontra distante de um sistema de tratamento de esgoto de grande alcance e efetividade. Isso porque, citando a fonte anterior, atualmente, 43% dos brasileiros são atendidos por sistema coletivo, com rede coletora e estação de tratamento de esgotos, e apenas 12% por fossa séptica. Além disso, 18% da população têm o esgoto coletado, mas não tratado, e 27% não têm qualquer atendimento.
Entre os procedimentos que são fundamentais para o desenvolvimento de um bom trabalho voltado para o cuidado com esgoto se destaca, como citado anteriormente, o uso de fossa séptica, ou rede de coleta e tratamento. Este tipo de sistema pode contribuir para a prevenção de problemas causados pela falta de manutenção e cumprimento de medidas mínimas de saneamento.
Saneamento: a começar pelo básico
A fossa séptica funciona como um sistema de tratamento de resíduos e esgotos. Nela, acontece a primeira etapa de tratamento dos dejetos, com a separação básica de sólidos e líquidos. Segundo definição da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) existem três tipos de fossas. São elas: câmara única, câmaras sobrepostas e câmara em série.
As instalações das fossas sépticas também seguem as diretrizes disponibilizadas e definidas pela ABNT: é necessário seguir a norma NBR-7229 para garantia de realização correta do procedimento. Entretanto, independentemente do seu tipo, devido à sua função e dos resíduos que coleta, é preciso ter cuidados com a fossa. Isso porque é comum que com o tempo aconteçam entupimentos, por exemplo. Nesses casos, é necessário agir rapidamente, a fim de evitar exposições prejudiciais à higiene e saúde. Por isso, a prevenção é uma solução.
Cuidados que refletem na saúde
André Almeida, sócio-fundador da Nasa Desentupidora, que atua prestando serviços de desentupidora em Campinas, destaca pontos a serem considerados quanto ao assunto em questão. Ele ressalta que uma fossa é uma solução individual, mas quando não recebe a manutenção adequada pode gerar diversas complicações. “Uma fossa mal cuidada pode resultar em mau cheiro nos ambientes, danos à tubulação e proliferação de pragas. Além disso, há chances de ocorrer a contaminação do solo e da água local”, explica.
O especialista reforça que em situações mais complexas, danos sanitários e de saúde podem acontecer. “Por esse motivo recomendamos a limpeza periódica e não apenas emergencial. Com cuidado continuado, garantimos um bom funcionamento e evitamos gastos e danos maiores a longo prazo”, acentua André, que também aponta a recomendação da ABNT: as fossas não devem ultrapassar o prazo de um ano sem limpeza. “É importante lembrar que esse serviço deve ser realizado por profissionais capacitados, para que a análise da situação e o processo de manutenção sejam feitos corretamente e com o equipamento adequado”. O sócio da Nasa Desentupidoras ainda finaliza dizendo que além dos cuidados com fossas, é imprescindível que seja feita manutenção periódica para amenizar chamados de desentupidora de cano e evitar entupimento de vasos sanitários.
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