Dados do último Relatório Mundial sobre Trabalho Infantil, elaborado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), apontam números assustadores. 168 milhões de crianças realizam trabalho infantil no mundo, sendo que 120 milhões têm idades entre 5 e 14 anos. Além disso, quase 5 milhões de crianças vivem em condições análogas à escravidão.
Outro dado do levantamento é que entre 20% e 30% das crianças em países de baixa renda abandonam a escola e entram no mercado de trabalho até os 15 anos.
No Brasil, a situação não é diferente. Números apontam que 14,4% dos adolescentes entre 15 e 17 anos realizam trabalhos perigosos. Considerando o que essa porcentagem representa entre os jovens empregados, o índice sobe para quase 60%. A maioria trabalha na agricultura e na indústria, de acordo com a OIT.
O relatório mundial foi apresentado em 2015 e afirma que jovens que tenham sido sobrecarregados quando eram crianças são mais propensos a se contentar com empregos familiares não remunerados e baixos salários.
Outra pesquisa realizada pela OIT, entre 2006 e 2007, com o perfil dos principais envolvidos com o trabalho escravo no Brasil, mostrou que 92,6% dos entrevistados iniciaram sua vida profissional antes dos 16 anos. A idade média em que começaram a trabalhar era de 11,4 anos, mas 40% já trabalhavam antes dessa idade.