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24/03/2022 às 19h26min - Atualizada em 25/03/2022 às 00h00min

Março Amarelo: Tutor deve ficar atento a sinais que indicam desenvolvimento de doença renal em cães e gatos

Perda de apetite, emagrecimento, vômito, diarreia, aumento da ingestão de água e do volume da urina, alteração da cor da urina, ocorrência de infecções urinárias recorrentes, aparecimento de úlceras na boca e na língua e hálito urêmico são alguns sinais clínicos que indicam que cães e gatos podem estar desenvolvendo doenças renais.

SALA DA NOTÍCIA Priscilla Kopke
Março Amarelo: Tutor deve ficar atento a sinais que indicam desenvolvimento de doença renal em cães e gatos

Perda de apetite, emagrecimento, vômito, diarreia, aumento da ingestão de água e do volume da urina, alteração da cor da urina, ocorrência de infecções urinárias recorrentes, aparecimento de úlceras na boca e na língua e hálito urêmico são alguns sinais clínicos que indicam que cães e gatos podem estar desenvolvendo doenças renais.


De acordo com a veterinária Camila Eckstein, responsável técnica da Bioclin Vet, alterações renais podem ter diferentes causas nos animais. “As disfunções renais acometem cães de idade avançada, com doenças genéticas, infecções (como a leptospirose e leishmaniose ou por parasitas), alterações cardíacas e intoxicação”, explica.

Já nos gatos, a veterinária observa que a doença renal é até três vezes mais frequente do que nos cães, o que ocorre por características próprias do felino. “A ingestão de água do animal nem sempre é suficiente, o que compromete o funcionamento renal adequado”, afirma. Por isso salienta a importância de estimular a ingestão de água nesta espécie.  “Entre as causas que podem estar envolvidas no acometimento renal dos felinos estão: ocorrência de infeções urinárias recorrentes, alterações no sistema cardiovascular, neoplasias, obstruções na uretra (por cálculos renais), idade avançada, ingestão de substancias tóxicas, predisposição genética e a ingestão de alimentos desbalanceados.

Medidas para prevenir alterações renais:

Para prevenir a doença renal, a veterinária destaca que os tutores devem adotar estratégias que
estimulem a ingestão de água, principalmente para os felinos,  e evitar o contato de substâncias ou plantas que possam causar a intoxicação do animal. Camila recomenda ainda dietas balanceadas ou adequadas a condição do cão ou gato como, por exemplo, as rações com indicação para animal castrado, obeso e doença renal já diagnosticada.


Segundo a veterinária, mesmo com a adoção de todas essas medidas, existem diversas outras causas que estão associadas à doença renal. “Então, a avaliação clínica periódica passa a ser uma medida preventiva, porque o diagnóstico precoce pode salvar ou melhorar a qualidade de vida do animal”, pontua. 

Camila ressalta que a nutrição adequada auxilia o animal na manutenção da sua saúde e é essencial para o controle do quadro do paciente renal. “No entanto, devido às diversas causas associadas, a alimentação adequada deve ser associada com as demais medidas preventivas recomendadas”.

A especialista ainda lembra que dietas com alto teor proteico podem predispor a ocorrência de doença renal crônica nos gatos, principalmente, quando acompanhadas por redução nos níveis de potássio e no aumento nos níveis fósforo da dieta. “Ou seja, o desbalanceamento da dieta”, frisa.

Além da adoção de boas práticas nutricionais, estímulo de ingestão de água, nutrição de qualidade e também a prevenção da ocorrência de doenças infecciosas, Camila destaca que o  acompanhamento periódico com o veterinário é essencial, “pois, apenas ele pode detectar alterações renais precoces por meio da avaliação bioquímica”. A veterinária acentua que não  é incomum a suspeita de a lesão renal ocorrer apenas após os primeiros sinais clínicos, no entanto, isso ocorre apenas após a perda de aproximadamente 75% da função do rim. “Desta forma, se o animal for submetido à avaliação periódica, a doença renal pode ser diagnosticada em sua fase inicial e o tratamento instituído de forma precoce e precisa, favorecendo o tratamento da causa, quando houver”, destaca.

Para um animal com doença renal o tratamento utilizado baseia-se, na maioria das vezes, em terapia de suporte, porque a doença renal tem perfil progressivo e degenerativo. “É importante ressaltar que a terapia é dependente da causa, e a avaliação do veterinário é essencial, assim como, são necessários o  acompanhamento médico e o ajuste do tratamento ao longo da progressão do quadro clínico”. 

Raças com maior predisposição à doença renal:

A veterinária afirma que as doenças renais podem ocorrem em animais de qualquer espécie e de qualquer raça, mas existem raças com maior predisposição. Os gatos são naturalmente mais predispostos à ocorrência de doença renal e de acordo com a Sociedade Internacional de Interesse Renal (IRIS) nas raças Persa, Abissínio, Siamês, Ragdoll, Birmanês, Azul Russo e Maine Coon a doença é diagnosticada com maior frequência.

A mesma associação indica que as raças  caninas Shar Pei, Bull Terrier, Cocker Spaniel Ingles, Cavalier King Charles Spaniel, West Highland White Terrier e Boxer são acometidas com maior frequência por esta patologia.

A doença pode ocorrer em qualquer idade nos cães e gatos, no entanto, é mais frequente em animais mais velhos, a partir de 6 ou 7 anos de idade. Além da idade, a ocorrência de doença renal em machos castrados é considerada mais comum no que nas fêmeas felinas.

Avaliações bioquímicas
As avaliações bioquímicas são fortes indicadores de doença renal, ressalta a veterinária. Cabe salientar que toda a linha bioquímica da Bioclin Vet foi validada nas espécies felina e canina, o que garante a utilização dos produtos com segurança pelos laboratórios. “Da linha bioquímica, os principais parâmetros que são indicadores do funcionamento renal são: albumina, creatinina e ureia, assim como o cálcio, fósforo e potássio”.

Camila explica que o diagnóstico de lesões renais considerando apenas o aparecimento de sinais clínicos só é possível em condições avançadas da doença (geralmente com a perda de 75% da função é que a lesão fica evidente), o que muitas vezes é um limitante ao sucesso do tratamento a ser instituído. “Desta forma, a avaliação bioquímica do animal de forma periódica pode favorecer o diagnóstico precoce”
 
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