Salvador está entre as cidades mais baratas para comprar ou alugar um imóvel na América do Sul, de acordo com a pesquisa “O mercado residencial na América Latina”, realizada pelo QuintoAndar com as doze metrópoles mais populosas da região, divulgado na última quinta-feira (29 de setembro).
A capital baiana tem o segundo preço mais baixo do metro quadrado para compra entre as cidades brasileiras analisadas, de US$ 1.112 (R$ 6,02 mil), logo atrás de Porto Alegre (RS) US$ 990 (R$ 5361,25 mil), e à frente de Belo Horizonte (MG) US$ 1.117 (R$ 6,05 mil) e Curitiba (PR) US$ 1.144 (R$ 6,20 mil).
O estudo do QuintoAndar considerou dados de venda e aluguel em capitais de seis países, incluindo o Brasil, entre agosto de 2021 e julho de 2022. O balanço foi realizado com dados de anúncio em plataformas digitais no período em questão das seguintes cidades: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Lima (Peru), Cidade do México (México), Buenos Aires (Argentina), Quito (Equador) e Cidade do Panamá (Panamá).
Ainda no dia 29 de setembro, a capital da Bahia sediou o XIII Fórum de Sustentabilidade, promovido pela Ademi-BA (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia). O encontro ocorreu no auditório do Sebrae (Serviço Brasileio de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em Salvador sob o mote “Exportando a Bahia”, com foco no potencial que o estado tem para captação de recursos e investimentos, além de expor cases para empresários, arquitetos e representantes de empresas do estado.
Entre outros segmentos, o mercado de alto padrão em Salvador está aquecido: o número de unidades lançadas avançou 117% em 2021, segundo levantamento do site Imóveis de Valor, do Valor Econômico. As vendas também aumentaram 44% no último ano, e estão previstos para 2022 o lançamento de 43 empreendimentos em bairros nobres, como Barra, Caminho das Árvores, Ondina, Rio Vermelho, Pituba e Brotas.
Dados da Ademi-BA destacam que, de modo geral, a soma de novos empreendimentos na cidade cresceu 60% em 2021. Além disso, os nove primeiros meses do último ano tiveram mais vendas do que todo o ano de 2020: houve um aumento de 32% no acumulado dos três primeiros trimestres do ano passado com relação ao ano precedente.
Além disso, de acordo com o CNB/BA (Colégio Notarial do Brasil - Seção Bahia), o número de escrituras de compra e venda de imóveis registrados nos cartórios da Bahia aumentou 33% em 2021, em relação a 2020. Foram 36.277 negociados em 2021 contra 27.038 no ano anterior, como mostra uma publicação do Correio 24 horas.
Domiciano Neves, especialista no mercado imobiliário de Salvador e parceiro da DezNoventa - empresa que atua no mercado imobiliário com a compra e tratamento de imóveis com o objetivo de revenda -, avalia de forma positiva o aquecimento do mercado imobiliário no Nordeste e, de forma mais específica, em Salvador.
“O aquecimento do mercado imobiliário foi grande em todo o Brasil, e o Nordeste acompanhou esse crescimento de maneira geral, principalmente no primeiro semestre de 2022”, afirma.
O especialista no mercado imobiliário de Salvador e parceiro da DezNoventa destaca que o mercado se mantém aquecido a despeito da crise econômica.
“Mesmo com a constante alta da taxa Selic, os financiamentos imobiliários continuam vantajosos, pois os juros não acompanharam a crescente da Selic”, afirma, citando dados recentes divulgados pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
“A taxa média do financiamento foi de 7,8% para 9,9% ao ano, enquanto a Selic foi de 2% para 13,75%. Isso, aliado à grande oferta imobiliária resultou, inclusive, em um crescimento próximo de 20% para esse mercado”, complementa.
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