De acordo com um estudo elaborado pelo Markets and Markets, até 2024, o mercado de tecnologia voltado para o esporte deve atingir um crescimento médio de 20,6%, partindo de um valor de US$8,9 bilhões em 2018 para US$31,1 bilhões em 2024. Tal cenário mostra que os investimentos nesse setor devem crescer consideravelmente nos próximos anos, ainda mais impulsionados pela Copa do Mundo no Catar, que nesse momento, já foi iniciada..
Nesse contexto, as startups que desenvolvem inovações para esse mercado, conhecidas como Sportechs, têm um papel bastante importante na construção de modelos de negócio mais ágeis e inovadores, e que ao mesmo tempo proporcione não só aos atletas, mas também aos torcedores, experiências diferenciadas. Segundo a Startup Scanner, ferramenta da Liga Ventures, com apoio estratégico da PwC Brasil, existem hoje em sua base de dados aproximadamente 157 startups desse segmento.
Tendo em vista essa modernização, separamos algumas tecnologias que têm impactado de maneira surpreendente o mundo esportivo:
Tecnologia para deficientes
Entre as muitas novidades da Copa do Mundo de 2022, por exemplo, podemos destacar os dispositivos criados para proporcionar aos deficientes visuais uma experiência mais imersiva durante os jogos. “Novas plataformas e dispositivos assistivos estão sendo desenvolvidos para transmitir informações digitais por meio de impulsos elétricos, simulando o braille. Podemos citar o Binocle, plataforma de entretenimento em braille e o Feelix Palm,dispositivo comunicador que usa impulsos elétricos para simular o braille na mão do deficiente. É um segmento que vem crescendo consideravelmente e acredito que o fato desse ano ter a Copa do Mundo irá impulsionar ainda mais o setor de esporte, independente da modalidade,” explica Rodrigo Ribeiro de Oliveira, Coordenador Técnico do Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia.
NFTs
O público tem demandado por experiências e produtos cada vez mais diferenciados, tecnológicos e disruptivos, e isso influencia as marcas a estarem alinhadas com o que há de mais novo no mercado e investirem fortemente em inovação. Nesse sentido, temos visto diversos times brasileiros investindo no desenvolvimento de NFTs (tokens Não-Fungíveis), como o Flamengo, Atlético Mineiro, Corinthians, Vasco e Cruzeiro. “Além de ampliar as formas de gerar receita para os clubes, elas criam novas maneiras de interação entre os torcedores e os times, o que acaba desenvolvendo uma relação mais próxima entre eles”, analisa Mateus Magno, CEO da Samba Digital.
Formas de pagamento
Muitos clubes têm apostado em aplicativos que facilitam e melhoram a estadia dentro de campo, como por exemplo: reservar vagas no estacionamento, efetuar compras no estádio sem precisar ir até a loja ou restaurante, entre outros, tudo como o objetivo de mudar a experiência dos amantes do esporte. “Acompanhando essas novidades, principalmente quando falamos sobre como as novas formas de pagamento têm ajudado esse ecossistema, podemos ressaltar algumas fintechs que disponibilizam diferentes opções para auxiliar esses clubes a atenderem os seus fiéis escudeiros, como bancos para associados e torcedores, cashback e cartões personalizados, facilitando a compra dos produtos e reduzindo a inadimplência da fidelização”, explica Maria Kopacek, CEO da Idez, fintech especializada em serviços financeiros para PMEs, que atua sob o modelo Bank as a service.