A OceanGate confirmou na tarde desta quinta-feira, 22, à rede de TV CNN a morte das cinco pessoas a bordo do submarino desaparecido enquanto fazia uma expedição turística rumo ao Titanic. Partes do submersível que pertencia à empresa foram encontradas na manhã de hoje a 500 metros do navio, naufragado em 1912.
“Estamos de luto pela morte da tripulação e dos passageiros”, disse a empresa.
Mais cedo, um amigo da família de um dos passageiros disse à rede de TV britânica BBC que entre os destroços estariam a estrutura de pouso e a tampa traseira do submersível.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos deve dar nesta tarde mais detalhes sobre a localização da embarcação.
Fim do oxigênio
O anúncio na quarta-feira da detecção de ruídos subaquáticos por aviões P-3 canadenses na área de busca aumentou as esperanças e orientou a equipe internacional de resgate marítimo enviada ao local. Mas a corrida contra o tempo tornou diminuta a esperança de que os passageiros fossem encontrados vivos. Com oxigênio de emergência para 96 horas, o prazo teria acabado às 11h08 GMT (8h08 de Brasília).
A comunicação com o pequeno submersível Titan foi perdida no domingo, quase duas horas depois de o equipamento iniciar a descida em direção ao que restou do famoso transatlântico Titanic, a quase 4.000 metros de profundidade e a cerca de 600 quilômetros de Terra Nova, no Atlântico Norte.
Viajam no submersível o bilionário e aviador britânico Hamish Harding, presidente da empresa de jatos particulares Action Aviation; o empresário paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho Suleman; o mergulhador francês Paul-Henry Nargeolet, e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions, a companhia que opera o Titan, que cobra US$ 250.000 (aproximadamente R$ 1,2 milhão) por turista.