O cenário da segurança corporativa e residencial tem passado por transformações significativas em 2025. Dados recentes da Associação Brasileira das Empresas de Segurança (ABESeg) revelam que a contratação de portaria terceirizada cresceu 38% no primeiro semestre do ano, refletindo a busca de empresas e condomínios por soluções mais eficientes e econômicas.
O avanço da tecnologia de controle de acesso, aliado à profissionalização dos serviços terceirizados, tem atraído especialmente grandes centros urbanos como São Paulo, onde a demanda por vigilância especializada aumentou expressivamente.
A adoção da portaria de condomínio com equipes treinadas e sistemas inteligentes de monitoramento tem contribuído para a queda de ocorrências de invasão e furto. Em entrevista, Renan Rodrigues, CEO da empresa de portaria em Alphaville Murin Sects, comenta: “Hoje, a segurança eficiente vai muito além do porteiro presencial. É necessário investir em protocolos bem definidos, monitoramento em tempo real e pessoal capacitado. A terceirização permite oferecer tudo isso com custo mais competitivo”. Rodrigues também recomenda que síndicos e gestores corporativos avaliem a certificação da empresa contratada e a tecnologia embarcada no serviço.
Relatório divulgado pela Federação Nacional de Segurança Privada (Fenavist) aponta que, em 2025, mais de 60% das novas edificações comerciais optaram por portaria para empresas terceirizadas já na fase de projeto. A medida garante não apenas economia com folha de pagamento e encargos, mas também maior agilidade na resolução de problemas operacionais e na reposição de pessoal em casos de ausência.
Nos condomínios residenciais, o cenário é semelhante. Dados da plataforma SíndicoNet indicam que houve uma redução média de 25% nas despesas de condomínios que migraram para segurança terceirizada. Além da economia, a percepção de segurança aumentou entre moradores, segundo levantamento realizado em março de 2025. A integração com aplicativos de acesso, câmeras com reconhecimento facial e inteligência artificial têm sido grandes diferenciais.
Empresas também têm visto na portaria terceirizada uma oportunidade de concentrar esforços no core business, enquanto delegam a segurança patrimonial a especialistas. Grandes centros logísticos, galpões e sedes administrativas passaram a adotar soluções terceirizadas integradas com CFTV, controle de entrada automatizado e gestão de ocorrências digital.
Com a elevação dos índices de violência urbana em regiões metropolitanas, a segurança nos condomínios e empresas tornou-se uma pauta prioritária para gestores. Segundo o Instituto Sou da Paz, São Paulo registrou aumento de 14% nas ocorrências de tentativa de invasão em áreas empresariais no primeiro trimestre de 2025. Especialistas apontam que a terceirização da segurança está entre as medidas mais eficazes para mitigar esses riscos.
Para 2026, o mercado de portaria e segurança terceirizada projeta crescimento de dois dígitos, impulsionado pela necessidade de soluções escaláveis e com menor custo fixo. Empresas que ainda operam com estruturas próprias de vigilância tendem a enfrentar maior pressão orçamentária e defasagem tecnológica, segundo análise da consultoria Deloitte.
Com a terceirização ganhando força como ferramenta estratégica, especialistas recomendam que os gestores avaliem o custo-benefício a longo prazo e considerem não apenas o preço, mas a expertise da equipe e os diferenciais tecnológicos envolvidos. A tendência é clara: a portaria terceirizada está deixando de ser alternativa para se tornar padrão no mercado.
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Renan Rodrigues de Souza
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