IA e liderança digital: como gestores estão se adaptando ao desafio de conduzir equipes no modelo híbrido
IMPRENSA FIA
01/08/2025 09h37 - Atualizado há 19 horas
FIA Business School
A transição para o modelo de trabalho híbrido alterou de forma definitiva o papel da liderança nas organizações. Com equipes distribuídas, rotinas mais flexíveis e novos padrões de comunicação, liderar passou a exigir não apenas soft skills aprimoradas, mas também um domínio cada vez maior de ferramentas tecnológicas. Nesse cenário, a inteligência artificial (IA) surge como um suporte estratégico para os gestores.
Um estudo pela FIA Business School aponta que a liderança digital eficaz depende de soluções tecnológicas para estimular colaboração, produtividade e troca contínua entre os membros das equipes híbridas. A pesquisa estruturou ainda um framework que organiza os diferentes tipos de trabalho híbrido e seus desafios de gestão, cruzando dois fatores: o ambiente físico (presencial ou virtual) e o nível de sincronicidade (atividades realizadas no mesmo horário ou de forma assíncrona).
O modelo resulta em quatro quadrantes:
- Trabalho síncrono em ambiente presencial
- Trabalho assíncrono em ambiente presencial
- Trabalho síncrono em ambiente virtual
- Trabalho assíncrono em ambiente virtual
Acredito que liderar em um cenário híbrido exige reconhecer essas diferenças e adaptar o estilo de gestão de acordo com o contexto de cada colaborador. É preciso dominar várias ferramentas e ter sensibilidade para oferecer feedbacks eficazes mesmo à distância.
Além da adaptação de linguagem e canais, destacamos que a IA vem ganhando espaço na liderança como um recurso para qualificar a tomada de decisão e personalizar o relacionamento com os times. As aplicações vão desde sistemas que priorizam tarefas e redistribuem cargas de trabalho com base em competências e prazos, até análises de sentimento que monitoram o engajamento e o bem-estar emocional da equipe a partir da comunicação interna.
Ferramentas de IA também têm sido usadas para recomendar trilhas personalizadas de desenvolvimento profissional, identificar lacunas de competências e facilitar a comunicação global por meio de tradução simultânea e bots integrados a plataformas de colaboração.
Essas soluções não substituem a atuação do líder, mas complementam sua visão. A IA pode mostrar onde há sinais de esgotamento, onde a produtividade caiu, e até indicar quem está sobrecarregado. Cabe ao gestor interpretar esses dados com empatia e agir.
Sendo assim, com o modelo híbrido se consolidando como padrão, nossa pesquisa ressalta que o futuro da liderança está na combinação entre inteligência emocional e inteligência artificial. O desafio é cultivar confiança, autonomia e aprendizagem contínua em ambientes cada vez mais complexos e dinâmicos. A IA é uma aliada, mas o fator humano continua sendo o diferencial.
Concluo que investir no preparo dos líderes é essencial para garantir engajamento, retenção e inovação. Uma vez que empresas que formam líderes preparados para esse novo cenário estarão mais bem posicionadas para manter equipes conectadas, produtivas e satisfeitas, mesmo que distantes fisicamente.
*Artigo por Alfredo Castro, professor da FIA Business School Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
TARSIANE DE SOUSA SANTOS
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