Bandeira de Mello fala sobre o Flamengo virar SAF um dia: “O Flamengo é nosso e não tem preço. O que estamos falando em soberania agora, vale para o Flamengo sobre essa questão”
CARLOS ALESSANDRO SILVA
11/08/2025 10h35 - Atualizado há 6 horas
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O ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello foi o convidado dessa semana do podcast Benja Me Mucho, que foi ao ar na terça-feira (05). Com apresentação do cronista esportivo Benjamin Back, Bandeira de Mello, atual deputado federal pelo Rio de Janeiro, comentou sobre os bastidores das suas gestões no Rubro Negro e também sobre o atual momento do futebol brasileiro. Presidente do Mengão de 2013 a 2018, o cartola foi o grande responsável pela virada de chave administrativa do clube e comentou que chegou ao cargo máximo do Flamengo totalmente “por acaso”: “Aos 47 do segundo tempo do BNDS eu iria me aposentar, o Flamengo doente e eu tendo a oportunidade de ajudar o meu time, cheguei em casa e falei para a minha família “vou ser candidato a presidente do Flamengo”. Eles sabiam que estava apoiando a chapa e eu sempre fui maluco, e não poderia renegar um chamado da nação. Surgiu essa oportunidade, não gosto de ficar parado e embarquei nessa”, explicou o convidado. Disposto a enfrentar os problemas da equipe na época, Bandeira de Mello disse que todos os sacrifícios feitos no primeiro momento do mandato foram necessários: “A política do Flamengo sempre foi de egos e quando cheguei em 2012 não sabíamos o que iria acontecer. No meu discurso de posse, falamos que o clube tinha uma dívida enorme e precisávamos fazer uma auditoria para saber a real situação, que boa parte era em dívida tributária. Naquela época, precisávamos retomar a credibilidade e a questão moral do clube, era nossa primeira obrigação e precisávamos dar esse exemplo positivo para a nação. Para conseguir coisas boas no longo prazo era preciso sacrifícios no começo e eu não tinha dúvida nenhuma que o caminho era esse”, destacou o dirigente, que ainda citou algumas medidas impopulares. “Algumas medidas impopulares eu tive de tomar, como mandar os atletas olímpicos embora e devolver o Vagner Love para o CSKA Moscou. Alguns jornalistas e torcedores entenderam e outros não, mas estávamos lá para fazer o certo. Eu agradeço muito a grande maioria da torcida que entendeu esse sacrifício e a situação”. Classificando o primeiro ano de sua gestão como o mais difícil, o deputado disse que durante os seis anos como presidente, viveu sem salário do clube: “Fui presidente do Flamengo sabendo que não teria salário e foram seis anos vivendo só da minha aposentadoria do BNDS, além de ter a noção que seria um trabalho por amor. Só que nesse tempo, resolvemos profissionalizar a gestão ao extremo. Em 6 anos, quantos parentes eu contratei? Zero! Quanto amigos eu contratei? Zero! Quantos parentes de Vice-presidentes foram contratados? Zero!", declarou. Em alta nos assuntos esportivos, a questão da SAF também foi comentada no bate-papo. E Bandeira de Mello opinou sobre a oportunidade de algum dia isso acontecer no clube da Gávea: “O Flamengo é nosso e não tem preço. O que estamos falando em soberania agora, vale para o Flamengo sobre essa questão”, finalizou o entrevistado. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
CARLOS ALESSANDRO REGO DA SILVA
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