Chegadas de frentes frias, anúncios de novas ondas de calor, variações de temperatura. Estas e outras informações têm levado um número cada vez maior de brasileiros a buscar dados precisos sobre a previsão do tempo no dia a dia. O interesse não é diferente por parte de governos, entidades e empresas que utilizam a inteligência climática, metodologia que transforma dados meteorológicos em insights, para definir políticas públicas e soluções aplicáveis em defesa, logística, energia, produção de alimentos, assim como estratégias de negócios.
Registros históricos, mudanças do clima em tempo real e dados fornecidos por institutos de meteorologia compõem parte das fontes das quais a inteligência climática se serve para converter informações meteorológicas em indicadores precisos. Governos ao redor do mundo, que balizam decisões nesses insights, têm demonstrado maior competência na prevenção e redução de impactos climáticos, com proteção de vidas e ativos.
Com análises cada vez mais aprimoradas, que utilizam radares, satélites, plataformas de big data e IA, meteorologistas demonstram que a inteligência climática vem se firmando como pilar para a formulação de estratégias.
A aplicação da inteligência climática na gestão de negócios tem orientado ações alinhadas ao conceito ESG e alcança maior evidência às vésperas da realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-30). “A metodologia torna-se fundamental, à medida que permite planejar investimentos mais seguros e assertivos em eficiência energética, visando bem-estar humano, sustentabilidade e proteção ambiental”, afirma Juan Carlos Ormachea, empresário que responde pelo Grupo Ecobrisa.
Uma das empresas do grupo, a Ecobrisa Energia conta com um time de engenheiros que dedica tempo e análise a cada projeto de sistema fotovoltaico. Do estudo prévio de viabilidade à implantação, as soluções são personalizadas.
Da mesma forma que os painéis fotovoltaicos, reconhecidos pela alta eficiência energética, a empresa desenvolve climatizadores evaporativos que reduzem a conta de energia em até 95% quando comparados a aparelhos de ar-condicionado.
Sem a utilização de fluidos refrigerantes químicos, como nos sistemas de ar-condicionado com compressores, os climatizadores dependem principalmente da evaporação da água, reduzindo consideravelmente as emissões de gases prejudiciais. “O equipamento reduz a temperatura de maneira eficaz, enquanto filtra o ar distribuído de maneira uniforme para os ambientes”, pontua. Os climatizadores também contam com recursos para controle e até mesmo automação, permitindo o monitoramento eficiente do desempenho.
A procura crescente de empresas que baseiam suas estratégias em inteligência climática para buscar eficiência energética com sustentabilidade ambiental é perceptível na demanda de produção de climatizadores evaporativos e sistemas fotovoltaicos da Ecobrisa. “A alguns meses da realização da COP-30, registramos um aumento de 25% na procura pelos equipamentos”, afirma. Com a chegada da primavera e ondas de calor ainda mais intensas no verão, a perspectiva, segundo o empresário, é ampliar a produção em 50%.
Além de impulsionar boas práticas, a integração de inteligência climática a políticas e estratégias governamentais e empresariais, na visão do executivo, tem um objetivo mais abrangente. “Trata-se de uma alternativa que permite antever tendências para a construção de um futuro sustentável”, conclui Juan Ormachea.
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MAIKO DA CUNHA MAGALHAES
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