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Talento em movimento: a nova força de trabalho global

A mobilidade internacional cresce, novas profissões surgem e a reinvenção virou pré-requisito. Como se preparar para essa nova realidade?

OTERO COMUNICAçãO
22/08/2025 09h40 - Atualizado há 11 horas
Talento em movimento: a nova força de trabalho global
Pixabay/Reprodução

O mercado global de trabalho está mudando, e mais rápido do que nunca. Novos cenários com inúmeras novas possibilidades vêm se desenhando nos últimos anos. Só nos últimos 12 meses, 2,6 milhões de profissionais qualificados mudaram de país em busca de melhores oportunidades, segundo a Consultoria BCG. Do outro lado, empresas enfrentam uma escassez crônica de talentos em áreas estratégicas como tecnologia, saúde e educação.

Essa equação de falta de mão de obra local, combinada com o desejo de maior qualidade de vida, avanço da tecnologia e o surgimento de novas profissões vem criando um terreno fértil para quem quer construir uma carreira internacional ou se reinventar fora do país de origem.

A nova corrida por talentos (ou a fuga de cérebros) é global, e não se trata de qualquer tipo de trabalhador. São profissionais altamente qualificados, que têm formação superior, experiência técnica e competências em áreas de alta demanda, como tecnologia, saúde, logística, e-commerce, educação e energia. Europa, e Oriente Médio intensificaram políticas de atração para esse tipo de talento, muitas vezes para compensar o envelhecimento populacional e outras para preencher lacunas como a escassez profissional que seus próprios mercados não conseguem suprir. 

“Já não é nem uma tendência a mobilidade global de trabalhadores qualificados. É uma realidade que tanto os países ‘exportadores’ quanto os ‘importadores’ de profissionais já notaram e estão fazendo mudanças para conquistá-los ou retê-los”, afirma a mentora de carreira internacional, Carol Santos Moreira. 

Segundo o relatório Future of Jobs 2025, do Fórum Econômico Mundial, as áreas com maior crescimento previsto até 2030 incluem: tecnologia da informação, saúde, sustentabilidade, educação e logística. Todas exigem habilidades específicas e atualizadas e estão no centro da nova “guerra por talentos”.

Porém, mesmo tendo um bom currículo, com cursos em universidades renomadas, diplomas e certificações, além de uma mala cheia de experiência e conhecimentos, nem sempre é fácil conseguir avançar na construção dessa carreira internacional. 

Com mais de 15 anos  de carreira corporativa e tendo atendido talentos de mais de 20 países, Carol Moreira diz que já teve muitos clientes nessa situação. “Às vezes, a oportunidade está ali, mas falta clareza, posicionamento e ação estratégica. Não é que seja impossível construir uma carreira internacional sólida. É que, quando estamos paralisados, tudo parece mais distante do que realmente é”.

Por onde começar? - “O primeiro passo é tão básico que muita gente ignora: se conhecer de verdade”, afirma Carol. Entender o que você oferece, onde você se destaca, o que realmente te move — e transformar isso em um posicionamento claro. “Mas só o autoconhecimento não basta. É preciso olhar para fora também. Investigar o mercado de trabalho de destino, entender as tendências e demandas do setor, os formatos e requisitos de contratação e conseguir se adaptar ao que pedem no momento te darão uma boa vantagem”, explica. 

A especialista também afirma que manter um currículo e um perfil atualizado e ativo no LinkedIn com foco internacional, com todas as competências, palavras chaves e conquistas bem claras fazem o profissional se destacar e construir a sua marca pessoal. Preparação para as entrevistas, domínio do idioma e da terminologia do setor e, principalmente, um bom networking são chave para conquistar um lugar além das fronteiras. “A diferença não está só no conteúdo. Está na estratégia com a qual você se apresenta ao mundo”, resume.

Novas profissões - E quando o problema não é começar do zero num novo país, mas mudar de rota depois de já ter começado? Muitos profissionais imigrantes chegam a esse ponto: estabilizam a vida, ganham alguma experiência local e percebem que o caminho que trilharam até ali já não faz mais sentido.

O que fazer quando é hora de reinventar a própria carreira internacional? Segundo a Gallup, 85% das profissões que existirão em 2030 ainda nem foram criadas. Ou seja: o mundo está em construção. E quem consegue se adaptar com agilidade, aprendendo, testando e se reposicionando larga na frente. Nesse novo jogo global, a capacidade de reinvenção não é um diferencial. É pré-requisito.

Ou seja, além de já ter mudado de país e passado por uma adaptação, vem uma nova mudança: a reinvenção da própria carreira. Muitas vezes, é um giro drástico. Produtor de eventos que vira chefe de vendas. Administradores que vão para o setor de TI. Jornalista que  empreende. “Nesse momento, adaptar-se deixa de ser uma reação. Vira uma habilidade estratégica”, afirma Carol.

E Carol Moreira fala com propriedade. Viveu na pele o turbilhão que vem com essa decisão. Em 2017, trocou o Brasil pela Espanha, e com a mudança, deixou para trás a carreira sólida de advogada corporativa. Seis anos depois, decidiu dar outro salto: saiu do mundo corporativo em uma multinacional e fundou sua própria consultoria de talentos. Hoje atua com mentoria, coaching executivo, treinamentos e palestras para escolas de negócios, além de ser a fundadora de uma comunidade internacional. “Larguei o que muitos consideravam uma trajetória e carreira segura para explorar novas oportunidades. Claro que dá medo porque mudar de rota não é nada fácil. Adaptar-se a novas realidades, aprender habilidades diferentes e enfrentar o desconhecido sempre será um desafio. Mas hoje, mais do que nunca, todo profissional que quer crescer tem que estar preparado para isso”. 

O futuro do trabalho ainda está sendo inventado - literalmente. Com muitas profissões que ainda estão por nascer, o mercado internacional não quer apenas diplomas potentes: quer profissionais que aprendam rápido, que saibam se posicionar bem e que não tenham medo de se adaptar, de mudar quando necessário. “A pergunta-chave já não é se você está preparado para o futuro. E sim se você está disposto a se reinventar quantas vezes for preciso”, conclui a especialista.

 

Sobre Carol Santos Moreira - Carol Santos Moreira é mentora de carreira, coach executiva (certificada PCC) e fundadora da Entre Mundos - Global Career & Community. Formada em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie com estudos em Negócios Internacionais pela SUNY, em Albany/NY (EUA), atuou por mais de 15 anos no mundo corporativo, atuando como advogada em M&A, recrutamento internacional e liderança de talentos. Pós-graduada em Liderança pela PUC-SP e em Coaching & Wellbeing pela HEBA (Espanha). Em 2023, fundou a sua consultoria, que oferece coaching executivo, mentoria de carreira internacional, treinamento e desenvolvimento de talentos, palestras para escolas de negócios e consultoria de marca pessoal para empresários que querem crescer no LinkedIn. Com uma visão global, já atendeu líderes e talentos de mais de 20 países. Em 2024 foi reconhecida como LinkedIn Top Voice e, em 2025, lançou a comunidade Entre Mundos, uma comunidade bilíngue, com o objetivo de educar e conectar profissionais globais.


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PAULA OTERO CORDEIRO
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FONTE: Entre Mundos
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