Trombose tem sinais silenciosos e exige diagnóstico precoce
Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose reforça a necessidade de ampliar o conhecimento sobre a doença e suas complicações
BETE FARIA NICASTRO
12/09/2025 09h11 - Atualizado há 3 horas
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Instituído pela Lei nº 12.629/2012, o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose é celebrado em 16 de setembro. A data é um alerta sobre os riscos e as formas de prevenção dessa condição que afeta milhares de pessoas no Brasil e no mundo. A trombose venosa profunda (TVP) acontece quando formam-se coágulos nas veias profundas, geralmente localizados nas pernas, impedindo o sangue de fluir normalmente. Os sintomas podem ser dor, inchaço e mudança na coloração da pele. Quando não tratada, a trombose pode evoluir para complicações graves, como a embolia pulmonar, quando o coágulo se desloca até os pulmões, com risco de morte. Diversos elementos podem favorecer a formação de coágulos, entre eles predisposição genética, cirurgias, câncer, longos períodos de internação e idade avançada. Além disso, a imobilidade prolongada, comum em viagens longas ou em situações de trabalho sedentário, aumenta as chances de ocorrência. Em ambientes de clima seco, a desidratação também se torna um fator agravante, pois o sangue fica mais concentrado e perde sua fluidez. De acordo com o cirurgião vascular e diretor de publicações da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Ivan Benaduce Casella, o crescimento do número de ocorrências de trombose identificados no Brasil deve-se, em parte, ao uso não orientado de pílulas anticoncepcionais, ao envelhecimento da população e também aos avanços nos métodos de diagnóstico, que permitem reconhecer mais casos com precisão. A detecção precoce é fundamental, mas nem sempre é simples. Em muitas situações, os sinais podem ser discretos ou até inexistentes, o que dificulta a identificação imediata da doença. O tratamento inclui o uso de anticoagulantes e, em situações específicas, procedimentos cirúrgicos para a remoção do coágulo. Nos últimos anos, novas classes de medicamentos orais facilitam o manejo da doença, com menos necessidade de monitoramento frequente. Atualmente, no SUS, a maior parte dos serviços ainda não dispõe dos anticoagulantes mais modernos para tratar a trombose venosa profunda. O medicamento mais usado continua sendo a varfarina, que exige acompanhamento rigoroso e ajustes frequentes de dose. Hoje, estima-se que ocorram entre 180 mil e 300 mil casos de trombose por ano no Brasil. Esses números não são exatos porque ainda há falhas na coleta de dados epidemiológicos, o que dificulta mensurar com precisão a incidência e suas complicações, como a embolia pulmonar. A prevenção envolve hábitos simples: manter a hidratação adequada, controlar o peso, praticar atividades físicas regulares e evitar a imobilidade prolongada. “Para pessoas com histórico familiar ou maior vulnerabilidade, o acompanhamento médico contínuo é indispensável. Prevenir é sempre mais eficaz e seguro do que tratar”, reforça Dr. Ivan Casella. A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular à população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram). Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
MARIA ELISABETE DE FARIA NICASTRO
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