A busca por estabilidade financeira na aposentadoria tem levado muitos brasileiros a considerar alternativas além do INSS. Entre elas, a previdência privada é uma forma de acumular recursos de longo prazo e garantir uma renda extra no futuro. Com as novas regras em vigor desde 2025, o produto tornou-se mais acessível, despertando o interesse de quem deseja planejar melhor o próprio futuro financeiro.
Como funciona a previdência privada no Brasil
A previdência privada é um investimento de longo prazo voltado à formação de uma reserva para complementar a aposentadoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ao contrário do sistema público, sua adesão é voluntária, e os valores aplicados são administrados por instituições financeiras especializadas.
O participante define quanto e com que frequência deseja contribuir – mensalmente ou por aportes eventuais. O dinheiro é aplicado em fundos de investimento e rende conforme a performance das aplicações. No momento do resgate, o valor acumulado pode ser retirado integralmente ou convertido em renda mensal.
Segundo dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), apenas cerca de 7% dos brasileiros com mais de 18 anos têm um plano de previdência privada. Ainda assim, o setor já movimenta, aproximadamente, R$ 1,6 trilhão, o que equivale a 13,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Os dois tipos mais comuns de plano são o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). A principal diferença entre eles está na tributação. No PGBL, o imposto de renda é cobrado sobre o total investido, mas o participante pode deduzir até 12% da renda bruta anual na declaração completa. Já o VGBL tributa apenas os rendimentos e tende a ser mais indicado para quem opta pela declaração simplificada.
Uma das novidades de 2025 é a possibilidade de escolher o regime de tributação no momento do resgate, e não apenas na contratação. A medida oferece mais liberdade para ajustar a estratégia conforme o cenário financeiro de cada pessoa no futuro, ampliando o alcance e a flexibilidade do produto.
Quando vale a pena contratar um plano
O teto do benefício pago pelo INSS em 2024 foi de R$ 7.786,02. Para quem tem um custo de vida acima desse valor, a previdência privada pode ser uma alternativa eficiente para manter o padrão financeiro após a aposentadoria.
Além de complementar a renda, o plano é uma ferramenta útil de planejamento sucessório. Em caso de falecimento do titular, o valor acumulado é repassado diretamente aos beneficiários indicados, sem necessidade de inventário. Essa característica torna o processo mais rápido e menos burocrático, o que explica parte do crescimento do interesse por esse tipo de investimento.
Outro ponto positivo é a flexibilidade das contribuições. Os valores podem ser ajustados de acordo com a realidade financeira do investidor, e há opções de aplicação que variam do perfil conservador ao arrojado. Ainda assim, é essencial avaliar as taxas de administração e de carregamento, que podem reduzir a rentabilidade em longo prazo.
Muitos brasileiros ainda têm dúvidas sobre o que é previdência privada e de que forma ela pode ajudar na construção de uma renda estável. Em essência, trata-se de um investimento planejado que alia rentabilidade de longo prazo e gestão profissional, funcionando como uma proteção adicional diante das incertezas do sistema público.
Mais do que um investimento, ela representa uma forma de se preparar com antecedência para garantir tranquilidade no futuro.
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ANDRE LUCIO ELOI DE SOUZA FILHO
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