O quarto árbitro que atuou na final do Campeonato Paulista entre Palmeiras, Adriano de Assis Miranda, deu um depoimento nesta terça-feira (17) ao Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) para ajudar no inquérito que investiga se houve, ou não, interferência externa.
Adriano contradisse a versão da Federação Paulista de Futebol para a presença em campo do diretor de arbitragem Dionísio Domingos. De acordo com a FPF, Dionísio também atuou como tutor de arbitragem naquela partida, cargo que daria a ele permissão para estar no gramado.
No entanto, o quarto árbitro negou o fato. Já as outras testemunhas ouvidas como o delegado do jogo Agnaldo Vieira, o árbitro Marcelo Aparecido e os árbitros assistentes Anderson José de Moraes Coelho e Daniel Paulo Ziolli, confirmaram que Dionísio foi tutor ao lado de José Henrique de Carvalho.
"O José Henrique era o tutor, o Dionísio estava apenas acompanhando ele, nas proximidades do campo, sem atuação. Ele (Dionísio) não passou nenhuma informação para a gente, nem antes e nem depois da partida", afirmou Adriano, como conta o Uol Esporte. Ao ser questionado sobre o motivo da presença de Dionísio no gramado, o quarto árbitro não soube responder.
Mais tarde no depoimento, Adriano entrou em contradição ao afirmar que Dionísio só esteve em contato com a equipe de arbitragem no dia do jogo. Antes ele já havia afirmado que o diretor esteve presente na concentração dos árbitros no hotel, no dia que antecedeu a final do campeonato.
No vídeo divulgado pelo Palmeiras, as imagens mostram Dionísio à beira do campo após o pênalti. Ele se aproxima dos jogadores que estão próximos da linha lateral, depois recua e volta para falar com o árbitro assistente Anderson José de Moraes Coelho.