A festa terá a presença do cantor britânico Robbie Williams, da soprano russa Aida Garifullina e do bicampeão do mundo, o brasileiro Ronaldo.
De acordo com a Folha, resta saber se isso ocorrerá e se haverá algum impacto para o presidente Vladimir Vladimirovitch Putin, 65 anos, o ex-espião que, desde 1999, dá as cartas na política russa e é o "dono da bola". Com aprovação perto dos 80% em seu país, ele é o vilão predileto do Ocidente devido à sua atuação agressiva no que considera assuntos de interesse da Rússia.
Conforme a publicação, desde 2010, quando a Fifa deu à Rússia a organização do Mundial, Putin anexou a Crimeia ucraniana, interveio na guerra civil síria e é alvo de sanções contra aliados. Nada disso, porém, demoveu o russo de injetar quase 60% dos R$ 38,4 bilhões gastos com a organização do Mundial, que legará vários elefantes brancos entre os 12 estádios construídos ou reformados nas 11 cidades-sede.
A obsessão de Putin é desinteressada do ponto de vista esportivo. A Rússia, que abre o torneio às 18h (12h em Brasília) contra a Arábia Saudita no Estádio Lujniki, em Moscou, é a pior seleção presente na Copa no ranking da Fifa.
Os tempos são tensos fora dos estádios. A mais recente crise com o Ocidente, decorrente do envenenamento de um ex-espião russo na Inglaterra, levou a um pedido de boicote do torneio pelo Reino Unido. Não deu certo, mas as relações estão deterioradas.
Ainda segundo a Folha, nesta quarta (14), falando no congresso da Fifa, Putin disse que "o esporte está além da política", para na sequência engatar uma explanação de que o evento "é também uma chance para que as pessoas aprendam coisas novas sobre um país".
Autoridades russas dizem que a Copa é um lembrete de que o país tem capacidades, apesar de estar sob pressão. "Estamos orgulhosos de mostrar isso tudo para o mundo", replicou, com aparente espontaneidade, Pavel Makienko, um dos voluntários da Fifa que atendem turistas em inglês nas imediações do Lujniki.